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Aliança do PDT com governo fica em perigo se perder a vaga do vice de Rui

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Diante da indefinição sobre quem será o vice na chapa petista, há quem aposte que a aliança do PDT no primeiro turno pode não acontecer. O presidente nacional Carlos Lupi já sinalizou que pode rachar | FOTO: Reprodução |

Forte aliado do governo Wagner e com expectativas de crescimento nas eleições de 5 de outubro, o PDT ainda não estaria totalmente fechado no apoio à candidatura do secretário da Casa Civil, Rui Costa (PT), ao governo baiano, embora o presidente estadual do partido, deputado federal Félix Mendonça, assegure que selar a união com vistas ao pleito é a grande tendência. Diante da indefinição sobre quem será o vice na chapa petista, posição reivindicada pelo presidente nacional Carlos Lupi e pelo presidente da Assembleia Legislativa, deputado estadual Marcelo Nilo, que não esconde esse desejo, nos bastidores há quem aposte que a aliança no primeiro turno pode não acontecer.

Tudo dependerá das conversas que o governador Jaques Wagner (PT) e Rui Costa manterão com Nilo e com os líderes do partido. Avalia-se que o fato exigirá habilidade política do governador, já que o PP também anseia pelo espaço e tem mais chances. Caso Nilo, que trabalhou por uma presença na disputa majoritária desde o ano passado, não esteja presente, as peças devem ser rearrumadas no tabuleiro sucessório. Há rumores de que o dirigente da Casa Legislativa estadual possa sair sozinho para a disputa, o que pode causar uma divisão ou ainda formar uma aliança com a senadora Lídice da Mata, candidata do PSB para o Palácio de Ondina, situação que não seria descartada, diante da relação próxima de ambos.

Nilo é amigo do governador, mas consta que até o momento não teria recebido um sinal positivo do chefe do Executivo sobre a ocupação da vaga de vice, o que o induz a repensar o caminho, com a hipótese de sair para uma disputa para estadual, federal ou aguardar a indicação à vaga do TCE. Apesar das conjectu­ras, o presidente da Assembleia prefere disfarçar a ansiedade e diz que ainda não pode falar sobre hipóteses. “Vou aguardar pacientemente. Se eu for o escolhido ótimo, se não continuarei de cabeça erguida e sentarei com o partido que tomará a decisão. Isso compete ao partido, a direção executiva, aos deputados e aos prefeitos. Não posso falar em nome do partido”, frisou.

Questionado sobre as possibilidades, em face de uma reposta negativa sobre a vice, Nilo desconsidera a ida para o Tribunal de Contas do Estado. “Não existe a menor possibilidade. Posso ser estadual, federal, como também posso não ser nada. Estou aguardando a decisão”, afirmou. O presidente estadual, Félix Mendonça reforçou que há uma perspectiva de apoiar Rui Costa, mas que o partido ainda vai dialogar sobre o assunto. “Ainda teremos que conversar, e, claro, sobre a vice que é um ponto importante”, disse. Segundo ele, ainda não tem data marcada, conforme foi conjeturado sobre um evento de apoio ao petista.

Segundo ele, não pode haver precipitação. “Há uma certa ansiedade, mas o jeito é esperar o prazo que ficou para depois do Carnaval”, afirmou. Mendonça negou que o partido esteja dividido sobre qual linha seguirá na eleição para majoritária. “Não há nada nesse sentido”. O dirigente foi um dos presentes no ato de apoio do PR ao secretário. Além dos republicanos já realizaram eventos de adesão à candidatura de Rui, o PSD e o PCdoB. Outro partido que ainda não estaria totalmente fechado seria o Solidariedade. Apesar de Marcos Medrado está direcionado a apoiar o PT, consta que nada impede que haja uma reviravolta. Nacionalmente a tendência da sigla é caminhar com a candidatura de Aécio Neves (PSDB) a presidência da República. Extraído da Tribuna da Bahia.

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