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Adab inicia primeira etapa de vacinação contra aftosa na Bahia

aftosa
A Bahia é detentora do maior rebanho bovino da região Nordeste e nesta etapa todos os bovinos e bubalinos devem ser vacinados, independente da faixa etária | FOTO: Reprodução |

Aumentar cada vez mais a cobertura vacinal, imunizando os 11.103.780 milhões de bovídeos que formam o rebanho baiano, retomando os altos índices vacinais acima de 96%. Essa é a meta da Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab), vinculada à Secretaria da Agricultura (Seagri), que realiza, até o dia 31 deste mês, a primeira etapa de vacinação contra a febre aftosa de 2014, iniciada na última quinta-feira (1º).

A Bahia é detentora do maior rebanho bovino da região Nordeste e nesta etapa todos os bovinos e bubalinos devem ser vacinados, independente da faixa etária. “Nesta campanha estaremos disponibilizando para as revendas e distribuidoras de vacinas contra aftosa o lançamento, diretamente no sistema informatizado da Adab, do volume de venda e aquisição de vacinas pelos produtores”, explica o diretor geral, Paulo Emílio Torres.

O novo procedimento, segundo ele, trará a informação em tempo real da aquisição da vacina por parte do produtor e o controle de estoque, o que servirá para, em um futuro próximo, o produtor declare a vacinação em casa, sem ter que se deslocar a um escritório da Adab. Nos últimos 11 anos, todas as campanhas foram encerradas com índice vacinal superior a 90%, com a média de 96%, sendo que no ano de 2011 a marca foi de 98,01%.

“A Bahia foi um dos estados pioneiros na implantação do programa contra a febre aftosa em 1968 e tem apresentado, nos últimos anos, estabilidade sanitária referenciada nacionalmente”, afirma o secretário da Agricultura, Jairo Carneiro. Isso acontece, como enfatiza, porque a ação sempre em conformidade com as determinações do Mapa, a Seagri, por meio da Adab, “vem mantendo e garantindo a Certificação Internacional, conferindo à Bahia o status de Livre de Febre Aftosa com Vacinação em maio de 2001” .

Consciência
A Federação da Agricultura do Estado da Bahia (Faeb), que tem apoiado as ações de defesa, busca em cada etapa o comprometimento consciente dos produtores para garantir a sanidade do patrimônio pecuário do estado. Para o presidente da entidade, João Martins, o criador já tem a consciência da importância de atender as exigências e os chamados da Defesa Sanitária. “Mas ainda sim trabalhamos intensamente em todo o território baiano para contribuir positivamente e colocar a Bahia em posição de destaque no cenário agropecuário nacional”.

O coordenador do Programa de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa na Bahia, Antônio Lemos Maia Neto, orienta aos criadores vacinar e declarar todo o rebanho, sem perder os prazos e datas limites, evitando as multas e penalidades. “A febre aftosa é uma doença altamente contagiosa entre os bovinos, bubalinos, suínos, caprinos, ovinos e animais silvestres. As vacinas devem ser compradas somente em lojas credenciadas pela Adab, estar dentro da temperatura adequada, de dois a oito graus, e ser transportada em caixa térmica ou isopor com gelo. Seringa e vacina devem permanecer em ambiente gelado até o momento da aplicação, que é feita na tábua do pescoço.

Avaliação da eficiência vacinal e circulação viral
Este ano, a Bahia irá realizar a sorologia para comprovar ausência de circulação viral nos rebanhos bovídeos, sendo esta uma ferramenta oficial exigida pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) para manter o Status Sanitário do País junto aos organismos internacionais. Concomitantemente também ocorrerá a sorologia para verificar a eficiência vacinal nos animais jovens de seis a 24 meses, com o objetivo de verificar a eficiência da vacinação realizada pelos produtores nas propriedades, e ainda a resposta nos animais.

Há 13 anos a Bahia é reconhecida como zona livre da febre aftosa com vacinação e está em constante evolução. O Mapa acompanha todo o trabalho realizado pelo serviço oficial de defesa agropecuária. Por isso, solicitou recentemente uma auditoria internacional e agora a avaliação vacinal e circulação viral no estado, que resultará no nível de eficiência da campanha de vacinação na Bahia, disse a superintendente federal da Agricultura (Mapa/SFA/BA), Virgínia Hagge.

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