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Entrevista: Joaci Góes diz que povo cansou do PT

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O candidato a vice-governador na chapa de oposição | FOTO: Reprodução |

Empresário, jornalista e escritor, o candidato a vice-governador da Bahia, Joaci Góes (PSDB), foi um nome surpresa na formação da chapa das oposições. O tucano, defensor da bandeira da Educação, assumiu o posto para marchar ao lado de Paulo Souto e Geddel Vieira Lima e os classifica como os melhores nomes e de experiência política para administrar a Bahia. Joaci acredita que o sentimento de basta à gestão petista ajudará na derrota do candidato escolhido pelo governador Wagner e que o currículo dos seus correligionários prevalecerá nas urnas.
Acredita ainda que o desconhecimento de Rui é tão grande que se o petista passear em uma praça ou em um shopping, a população não o reconhecerá.

Tribuna da Bahia – Como o senhor avalia a campanha?
Joaci Góes – Na realidade, ela está se desdobrando de um modo bem mais favorável do que nós supúnhamos, e isso fica claro no exato momento em que consolidamos essa aliança forte entre partidos que em passado recente estiveram em trincheiras diferentes. Essa avaliação não é apenas minha, que já tenho participado de duas campanhas anteriores, mas ela é do Geddel, que está na sua oitava campanha e como protagonista. Antes ele acompanhou o pai Afrísio em cinco campanhas. Quer dizer: apesar dos seus 55 anos, ele já tem 40 de estrada. E o Paulo Souto que, de longe, é um dos políticos que têm as maiores experiências nas eleições majoritárias do Brasil. As pessoas não se dão conta disso. Ele é o único político brasileiro que disputou sete eleições majoritárias sucessivas. A impressão de todos nós é de que o calor e o entusiasmo com que a chapa é recebida por onde quer que passe é uma demonstração tão eloquente quanto os números das pesquisas de que o povo hoje vota porque está decidido a mudar.

Tribuna – A oposição é favorita? Essa junção entre Paulo Souto, Joaci e Geddel deu liga?
Joaci – Deu uma sinergia poderosa. Se você mistura água com água, só dá água. No entanto, se você mistura água com vodka, com limão e, para os que gostam, com adoçante, você tem uma batida excepcional. Então o que ocorreu com essa chapa foi que ela deu liga. Então o percentual elevado de pessoas que nunca votariam em um candidato ligado ao passado de Antônio Carlos Magalhães, em razão do meu ingresso, as pessoas começaram a demonstrar o voto, e isso gerou a possibilidade de você explicar que não se pode fazer política hoje com base de rancores anciãos, até porque nós sabemos que o elemento divisor de águas era o Antônio Carlos Magalhães. Nem os seus irmãos, seus filhos e nem o seu próprio neto, agora, nenhum deles tem aquele traço de disputa, polêmica, que eram características do ACM. Por tanto, de um lado, temos os candidatos de excelentes qualidades, a exemplo do Geddel, para dar voz à Bahia, que perdeu grandes conquistas federais porque ninguém dava voz. O governador era da mesma linha da presidente e os senadores também. Com isso ficamos sem a duplicação da BR-101, acarretando um brutal prejuízo para a economia da Bahia e do Nordeste e com um obituário imenso, que as pessoas não se dão conta.

Tribuna – Quais são as estratégias para o embate com as máquinas dos governos do PT?
Joaci – O que nós estamos verificando hoje é que o cidadão, através dos meios de comunicação e não apenas da mídia escrita, mas rádio, televisão e as redes sociais, essas pessoas têm a oportunidade de exercer a sua opção com nível de liberdade inexistente no passado. Tanto que desde a eleição de 1986, quando a Bahia tinha 336 municípios, e nós com Waldir Pires (PT) tínhamos 30 municípios, o governo ganhou em poucos lugares. No quadro atual, dos 417 municípios, a minha impressão é a de que eu não sei se o governo vai ganhar em 17 municípios. Isso significa dizer que o grotão, que hoje é o domínio do PT, onde tem maior presença, não dará vantagem. O grotão também é o lado, o partido das pessoas desinformadas e das pessoas economicamente dependentes. As pesquisas mostram isso. As pessoas de melhor nível educacional compreendem que o ciclo do PT se esgotou, ou como Paulo Souto repete em qualquer oportunidade: ‘é um produto, cujo prazo de validade venceu’.

Confira entrevista completa no site do jornal Tribuna da Bahia

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