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Deputado considera como racista proposta que pede fim do voto para beneficiário do Bolsa Família

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O deputado federal Valmir Assunção é contra a proposta que pede o fim do voto para beneficiários do Bolsa Família | FOTO: Ascom |

Contrário à proposta do fim do voto dos beneficiários do Programa Bolsa Família, o deputado federal Valmir Assunção (PT-BA) se pronunciou nesta sexta-feira (12), antes de embarcar para o município de Itaetê, na Chapada Diamantina, para descaracterizar o plano da Associação Industrial e Comercial de Ponta Grossa, no Paraná. Em documento, divulgado aos candidatos a cargos legislativos, a entidade pede o fim do voto pelos beneficiários do programa social criado pelo governo do PT. “Esta proposta de retirar o direito de voto, conquistado com muito sangue e suor, é uma tentativa das mais absurdas de se excluir a mulher, o negro, o pobre. Sim, por que a maioria dos beneficiários do Bolsa Família é de mulheres, pobres – e nesta faixa, estão os negros e negras deste país. É uma proposta racista e machista! Uma tentativa de uma classe que não quer ver o trabalhador no poder, por que tem medo das políticas sociais que garantem cidadania e democracia no Brasil”, dispara Valmir

Na proposta da associação, o programa não é citado diretamente, entretanto, em trecho do documento apresentado aos postulantes, é apontada a “suspensão do direito ao voto para beneficiários de qualquer programa de transferência de renda, nas esferas municipal, estadual e federal”. Hoje, o país tem quase 14 milhões de famílias atendidas pelo Bolsa Família, com renda per capita de até R$ 77 por mês. As famílias pobres são aquelas que têm a renda per capita entre R$ 77,01 a R$ 154 por mês, e que tenham em sua composição gestantes, nutrizes, crianças ou adolescentes entre 0 e 17 anos. “Houve um tempo em que o voto não era um direito de todos. Precisava ser do sexo masculino, rico e ser latifundiário para escolher quem seriam os representantes no Brasil. Sabem que tempo era esse? Quando o Brasil tinha imperador! Um tempo em que a elite brasileira queria manter a escravidão e excluir a massa pobre do país”.

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