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Justiça nega permissão para goleiro Bruno voltar a jogar futebol

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O goleiro Bruno Fernandes | FOTO: Reprodução/VEJA |

A Justiça de Francisco Sá (a 464 km de Belo Horizonte) negou o pedido da defesa do goleiro Bruno Fernandes para que ele pudesse trabalhar em um time de futebol na cidade vizinha de Montes Claros. Também foi indeferido o pedido de revisão na contagem da pena. Cabe recurso em ambos os casos. Bruno foi condenado a cumprir 22 anos e três meses de prisão pela morte de sua ex-amante Eliza Samudio. Ele está preso na Penitenciária de Francisco Sá, para onde foi transferido em junho. Antes, o atleta estava detido no complexo penitenciário Nelson Hungria, em Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte.

A defesa do ex-goleiro havia argumentado que Bruno tem contrato com o Montes Claros Futebol Clube e que sua mulher mora naquele município. Na decisão, do dia 28 de outubro, o juiz Flambo Santos Costa entendeu que as atividades de um atleta profissional são incompatíveis com a legislação para o trabalho externo, que só poderia ocorrer “em serviço público ou obras públicas”. Na penitenciária da cidade, segundo o magistrado, “não há execução de trabalho externo” e “o pedido viola o protocolo de segurança da unidade, (…) além de caracterizar medida isolada e de privilégio”. Ainda segundo a decisão, Bruno também não teria cumprido um sexto de sua pena, como alega sua defesa, requisito necessário para pleitear trabalho fora de uma unidade prisional. O time mineiro não pretende desistir de Bruno tão cedo. Presidente do Montes Claros Futebol Clube, Ville Mocellin, disse que irá aguardar o jogador, que tem contrato com o clube até 2019.

“Nós vamos esperar por ele. Temos esperança de que vão liberar o Bruno mais cedo ou mais tarde”, disse Mocellin. O time por enquanto está com as atividades paralisadas, mas em 2015 deve disputar o Módulo 2, que seria o equivalente à segunda divisão do Campeonato Mineiro. O contrato de Bruno, assinado no ano passado, prevê salário de R$ 1.430 e multa rescisória de R$ 2,8 milhões. O advogado Tiago Lenoir, que representava Bruno ao menos até junho deste ano, não atendeu as ligações da reportagem na tarde desta terça-feira (4). Da Agência Estado.

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