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Governo baiano extingue três autarquias; negociações dos cargos do segundo escalão continuam

O governo da Bahia argumenta que o requisito temporal usado para justificar a negativa do aval na operação de crédito com o BID é ilegal | FOTO: Reprodução |

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Em lugar da Sucab e do Derba, foram criados superintendências, estruturas menores que funcionarão em regime especial | FOTO: Reprodução |

A extinção de três autarquias do estado, a Superintendência de Construções Administrativas da Bahia (Sucab), o Departamento de Infraestrutura de Transportes da Bahia (Derba) e o Instituto Mauá foi confirmada pelo governo do estado, conforme decreto publicado no Diário Oficial do Estado. Apesar de o anúncio sobre o encerramento dos órgãos ter sido feito no final do ano, antes de o governador Rui Costa (PT) tomar posse, a ratificação do ato ainda chama a atenção, já que vai exigir o remanejamento de servidores. Em lugar da Sucab e do Derba, foram criados superintendências, estruturas menores que funcionarão em regime especial.

O assunto repercute em meio à negociação dos cargos do segundo escalão, conduzida pelo governador junto ao secretário de Relações Institucionais (Serin), Josias Gomes (PT). De acordo com publicação, as funções dos órgãos extintos, bem como “bens móveis, imóveis e de consumo, servidores, gestão de documentos arquivísticos, encerramento financeiro-contábil, incluindo os dos sistemas corporativos, passam a ser de responsabilidade da Secretaria da Administração (Saeb), da Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre) e da Secretaria de Infraestrutura (Seinfra).

As secretarias também irão cuidar do pagamento referente a contas de consumo e serviços contratados pelas autarquias fechadas. A extinção do Derba é que a mais tem gerado repercussão nos bastidores, entre dirigentes de entidades e funcionários, por se tratar de um órgão centenário, responsável pelas rodovias do estado. Nas mãos de Rui – Em meio às mudanças na máquina, a política tem cercado as definições sobre o segundo e terceiro escalão do governo, com muitas conversas entre Rui e Josias. Um dos impasses ainda está ligado à escolha para o comando da Embasa.

Diante das divergências, com reivindicações do PT e do presidente da Assembleia Legislativa, deputado Marcelo Nilo (PT), o titular da Serin deixou claro ontem que o imbróglio está nas mãos do governador. “São nomes de grande envergadura que o governador tem que escolher. É um fator relevante e Rui vai conseguir resolver. A relação do governador com o deputado Marcelo Nilo é de uma elegância muito grande, mas essa negociação é entre eles. Eu não estou me envolvendo porque quando cheguei à Secretária de Relações Institucionais (Serin) ela já acontecia”, desviou em entrevista à rádio Metrópole ontem.

O secretário voltou a enfatizar o peso da Embasa, o que motiva a demora para se bater o martelo sobre quem deve ser o novo presidente. Josias, porém, mostrou-se confiante de que nos próximos dias a questão deve ser resolvida. “As negociações estão ocorrendo e não vejo problemas em sua solução. Acredito que chegaremos facilmente a um desenlace correto”, avaliou o titular da Serin. Apesar das reclamações referentes à morosidade no processo, Josias frisou a interação com todos os políticos, entre eles os deputados que se queixaram de não terem sido chamados para conversar sobre os espaços na gestão.

“São eles que têm o contato direto com o povo e cabe a mim a tarefa de procurar resolver os problemas e reivindicações apresentadas. São todas demandas importantes e numerosas, mas só podemos atender parte delas. Tenho que mostrar as dificuldades financeiras e dizer aguente mais um tempinho”, disse. Texto de Líliam Machado, extraído na íntegra da Tribuna da Bahia.

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