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Veneno da lata: 15 mil latas de maconha aparecem em praia do Rio de Janeiro no verão de 1988

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Latas com maconha foram encontradas por banhistas na Praia de Ipanema | FOTO: Lúcio Marreiro/11/10/1987/Agência O Globo |

O jornal O Globo vem publicando uma série de matérias antigas do acervo do periódico e uma das publicações que chamou a atenção de todos os brasileiros foi a que narra o encontro de 15 mil latas recheadas de maconha na Praia de Ipanema, no Rio de Janeiro. Na publicação, o jornal deixa claro que o verão de 1987/1988 virou folclore na história da cidade. As latas foram jogadas ao mar pelos sete ocupantes do navio Solana Star, que levava 22 toneladas de droga da Austrália para os Estados Unidos, mas sofreu uma pane e não pode continuar viagem. De acordo com texto do jornal, “para evitar um flagrante da polícia, a tripulação preferiu se desfazer da carga, na altura de Cabo Frio. A maré se encarregou de espalhar as latas por todo o litoral fluminense”.

Os surfistas foram os primeiros a encontrá-las e espalharam a notícia | FOTO: Lúcio Marreiro/11/10/1987/Agência O Globo |

As latas foram descartadas em setembro de 1987, um mês depois de a Marinha e a Polícia Federal iniciarem as buscas ao Solana Star. O governo brasileiro fora alertado pelo DEA, o órgão de repressão ao tráfico dos Estados Unidos, que o navio estava no Brasil. A embarcação acabou sendo encontrada, fundeada na Baia de Guanabara. A carga, porém, aparentemente, sumira. Aos poucos, porém, começaram a surgir boatos de que latas recheadas de maconha estavam surgindo nas praias. Os surfistas foram os primeiros a encontrá-las e espalharam a notícia. Provocaram uma verdadeira corrida ao mar. A carga alcançou Angra dos Reis e o litoral de São Paulo.

Na época, dizia-se que até nas praias do Rio Grande do Sul banhistas tinham encontrado latas. Dos sete tripulantes, apenas o cozinheiro Stephen Skelton foi preso. Ele ficou no navio enguiçado, enquanto os companheiros de empreitada fugiram, ao ser avisados da prisão, nos Estados Unidos, do destinatário da encomenda. Condenado a 20 anos de prisão, Skelton passou apenas um na cadeia. Libertado, voltou aos EUA. As informações e as fotos são da Agência Globo.

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