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Conheça as espécies de plantas mais peculiares da Chapada Diamantina

A Chapada Diamantina é um berço para diversas espécies de plantas, com uma variedade de orquídeas e bromélias, além dos típicos cactos e sempre-vivas. Pelos campos rupestres, um dos ecossistemas mais ricos do mundo, e matas ciliares da região, “há flores por todos os lados”. Confira os exemplares da flora diamantina e suas características fundamentais.  

Bromélia (Orthophytum burle-marxii)

Encontrada frequentemente em maiores altitudes, como nas serras da Chapada Diamantina, as bromélias crescem entres as fendas das rochas. Suas folhas contêm espinhos que servem para defesa contra eventuais predadores. Esta espécie é também conhecida como “raio de sol”.

| FOTO: Alex Uchôa |

 Alcaçuz (Centrosema pubescens)

É uma trepadeira muito comum nas trilhas da região. O nome pubescens se refere à púbere/ com pelos, dialogando com a presença de pequenos pelos espalhados pelos ramos da planta. Popularmente, o nome se convencionou pelo seu formato, que lembra a púbis feminina. O mesmo acontece com a Periandra coccinea, conhecida como “xoxota de freira”, por seu formato peculiar.

| FOTO: Roberto Rodrigues |

Canela-de-Ema (Vellozia sp.)

Com um tronco que lembra as canelas de uma ema, a lenha dessa planta era utilizada para iniciar as fogueiras nos acampamentos dos antigos garimpeiros, por sua fácil combustão.

| FOTO: Roberto Rodrigues |

Crista-de-galo (Spigelia pulchella)

Corriqueira nas serras e bastante apreciada pelos beija-flores, a crista-de-galo é usada para fins medicinais, com base no conhecimento popular.

| FOTO: Branco Pires |

Sempre-viva (Comanthera mucugensis)

Procuradas antigamente para o comércio de flores ornamentais, as sempre-vivas são encontradas em áreas de montanha, especialmente na região de Mucugê. São flores belíssimas, que ocorrem comumente em campos de altitude e solo arenoso. A espécie está ameaçada de extinção e, por isso, sua coleta foi proibida. A grande ameaça são os incêndios florestais.

| FOTO: Branco Pires |

Xique-xique (Pilosocereus gounellei)

Típico de áreas rochosas e abertas, o xique-xique é um cacto da caatinga. Produz flores vermelhas muito bonitas e um fruto açucarado, apreciado por alguns animais da região.

| FOTO: Açony Santos |

Planta carnívora (Utricularia sp.)

São pequeninas flores que vivem em locais úmidos e na beira de riachos. Por sua discrição, para identificá-las, é preciso um olhar apurado.

| FOTO: Roberto Rodrigues |

Erva-de-rato (Palicourea marcgravii)

Planta arbustiva que chama a atenção pela beleza de sua flor. No entanto, as aparências enganam e tanta formosura esconde um efeito tóxico, também produzido pelas folhas e fruto. Em outros tempos, a erva-de-rato foi usada como raticida nos acampamentos dos garimpeiros.

| FOTO: Reinaldo Brito |

Chumbaré (Cyrtopodiuma aliciae)

Uma flor de rara beleza que cresce nas serras entre as rochas, preferindo solos arenosos. Os garimpeiros utilizavam o líquido de seu bulbo como cicatrizante ou cola.

| FOTO: Roberto Rodrigues |

Micro-orquídea (Epidendrum denticulatum)

Floresce praticamente o ano todo, sendo bastante vista no Morro do Pai Inácio. Por ser uma flor bem pequena, também exige olhar atento.

| FOTO: Açony Santos |

 

Saiba mais nos livros

Chapada Diamantina – Trilhando o Caminho da Preservação, de Roberto Rodrigues dos Santos;

Plantas úteis – Chapada Diamantina, dos autores Ligia Funch, Raymond Harley, Roy Funch, Ana Maria Giulietti e Efigênia de Melo;

100 flores nativas do Parque Nacional da Chapada Diamantina, de Roy e Ligia Funch.

Texto adaptado por Verusa Pinho/Consultoria do biólogo Roberto Rodrigues

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