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Brasil sedia Olimpíada Latino-Americana de Astronomia e Astronáutica

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As provas da olimpíada serão divididas em teoria, prática e reconhecimento do céu | FOTO: Divulgação |

O Brasil será palco de um importante evento científico: a Olimpíada Latino-Americana de Astronomia e Astronáutica (VII OLAA). A edição desse ano acontece entre 27 de setembro e 04 de outubro, nas cidades do Rio de Janeiro e de Barra do Piraí (RJ). A abertura será no Planetário da Gávea, no Rio de Janeiro. O programa contará ainda com visitas ao Pão de Açúcar e ao Laboratório Nacional de Astrofísica (Brazópolis, MG). A nossa delegação será representada por cinco estudantes do ensino médio: Ana Paula Lopes Schuch (Porto Alegre, RS), Renner Leite Lucena (Fortaleza, CE), Gustavo Guedes Faria (São José dos Campos, SP), Leonardo Henrique Martins Florentino (São Paulo, SP), e Víctor Gomes Pires (São Paulo, SP).

Os líderes da equipe serão os professores Dr. Júlio César Klafke (Universidade Paulista, UNIP) e Doutoranda Josina de Oliveira do Nascimento (Observatório Nacional, ON), com o apoio do Dr. Gustavo Rojas (UFScar) e MSc. Thiago Paulin Caraviello (ETAPA). O presidente da OLAA 2015 será o Dr. João Batista Garcia Canalle e o coordenador, o Dr. Eugênio Reis Neto (Museu de Astronomia e Ciências Afins, Mast).

Na edição anterior, no Uruguai, a delegação levou três medalhas de ouro e duas de prata. Todos da equipe ganharam o prêmio especial de “Melhor Prova Individual” por terem gabaritado os exames. E o estudante Rafael Charles Heringer Gomes ainda levou a premiação especial de melhor prova em grupo e melhor prova de foguetes e Carolina Lima Guimarães (Vitória, ES) recebeu o título de melhor companheira da olimpíada. Até hoje, o país já conquistou 16 medalhas de ouro, 12 de prata e duas de bronze na história da OLAA.

A OLAA
As provas da olimpíada serão divididas em teoria, prática e reconhecimento do céu. A prova teórica será realizada em duas etapas, individual e em grupo, mesclando as delegações. Os estudantes ainda participarão de uma competição de lançamento de foguetes em grupos multinacionais. Haverá ainda avaliações individuais que vão exigir o reconhecimento do céu real e o manuseio de telescópio.

Segundo Dr. Canalle, a olimpíada latino-americana é a única modalidade internacional a realizar provas em que alunos de diferentes países são avaliados também em grupos multinacionais. Além disso, é a única olimpíada que obriga que os grupos sejam de ambos os gêneros. “Queremos dar oportunidades a meninos e meninas de participarem”.

“Ao promover provas em grupos multinacionais, o objetivo é mostrar aos participantes que a ciência se faz em grupos e entre pessoas de diferentes países. Esta é a filosofia das provas, tanto a teórica quanto a de foguetes”, ressalta o astrônomo, que também é coordenador nacional da Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA).

O astrônomo diz ainda que a OLAA servirá para aproximar os jovens do conhecimento científico. A iniciativa tem como proposta unir as nações, fomentar e popularizar a astronomia e a astronáutica entre os países participantes, além de apoiar as atividades de diferentes associações de amadores e alunos da América Latina com a finalidade de promover os vínculos de amizade e intercâmbio de saberes. “Queremos ainda incentivar a construção de observatórios, museus de ciência e a inclusão curricular da astronomia nos países”.

“As olimpíadas de conhecimento buscam promover, de maneira contínua, o intercâmbio de conhecimentos entre os estudantes, além de criar oportunidades para a troca de experiências didáticas entre os professores que lideram os grupos”, ressalta.

Preparação
Antes da viagem, os alunos olímpicos participaram de uma série de treinamentos. Eles estudaram com especialistas no Observatório Abrahão de Moraes, do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas (IAG) da Universidade de São Paulo (USP). Depois, conheceram e aprenderam mais sobre a disciplina no Laboratório Nacional de Astrofísica (LNA), em Brazópolis (MG). As aulas tinham como objetivo intensificar a preparação dos alunos.

Como participar
Para participar de uma das equipes internacionais, o candidato precisa inicialmente de uma excelente pontuação na prova nacional da OBA. Em seguida, é preciso fazer as seletivas online. E, caso seja classificado, o estudante realiza uma prova final presencial.

Depois de todo esse processo, os selecionados para compor as equipes realizam treinamentos intensivos, em que aprendem a operar telescópios, a construir foguetes e bases de lançamento e aprimoram seus conhecimentos sobre astronomia.

Organização
A comissão realizadora da OLAA 2015 é composta pelas seguintes instituições: Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA – www.oba.org.br); Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ – www.uerj.br); Museu de Astronomia e Ciências Afins (MAST – www.mast.br); Observatório Nacional (ON/MCTI – www.on.br); Fundação Planetário da Cidade do Rio de Janeiro (www.planetariodorio.com.br); Universidade Paulista (UNIP – www3.unip.br); Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE – www.inpe.br); Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE- www.iae.cta.br); Agência Espacial Brasileira (AEB – www.aeb.gov.br).

Fundada na cidade de Montevidéu, no Uruguai, a partir de uma proposta do Brasil, a OLAA acontece desde 2009 e é coordenada por astrônomos de vários países. Já a OBA é coordenada por uma comissão formada por membros da Sociedade Astronômica Brasileira (SAB) e da Agência Espacial Brasileira (AEB).

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