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Operação Acrônimo apreende mídias eletrônicas na residência de ex-ministro

Brasília - A Polícia Federal (PF) prendeu, na manhã de hoje (29), pelo menos 20 pessoas, durante a Operação Monte Carlo, que desmontou uma quadrilha que explorava máquinas caça-níqueis e pagava propina para agentes públicos de segurança. Entre os presos está o chefe do grupo, Carlinhos Cachoeira, empresário de Goiânia. os Agentes chegam à sede da PF com material apreendido e pessoas detidas na Operação Monte Carlo

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As investigações da Operação Acrônimo tiveram início em outubro de 2014 | FOTO: Reprodução |

Em uma das diligências da terceira fase da Operação Acrônimo feitas nesta quinta-feira (1º), a Polícia Federal apreendeu diversas mídias eletrônicas na residência do ex-ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior Mauro Borges, localizada no bairro de Belvedere, em Belo Horizonte. A informação foi confirmada à Agência Brasil pelo advogado do executivo, Marcelo Leonardo. Borges atualmente é presidente da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig). De acordo com seu advogado, as diligências de busca e apreensão atendem à determinação do ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Antonio Herman Benjamin, e se refere ao período em que ele ocupou o cargo de ministro [em 2014], “não havendo portanto qualquer ligação com a Cemig”, disse.

“Foram apreendidas mídias eletrônicas como notebooks, tablets e telefones celulares. Em seguida, ele [Mauro Borges] recebeu intimação para depor [na superintendência da PF], para onde se dirigiu. Após o depoimento, ele foi liberado”, disse o advogado. “Como o depoimento é sigiloso, não posso comentar detalhes. Apenas digo que está relacionado à Operação Acrônimo”, disse Marcelo Leonardo. “Não tenho conhecimento de qualquer ligação entre essa operação e o governador [de Minas Gerais] Fernando Pimentel”, acrescentou.

As investigações da Operação Acrônimo tiveram início em outubro de 2014, quando agentes federais apreenderam R$ 113 mil em uma aeronave que chegava ao Aeroporto Internacional de Brasília Juscelino Kubitscheck. Na época, a PF informou que ela tinha como foco o combate a uma “organização criminosa investigada por lavagem de dinheiro e desvios de recursos públicos”. Entre os presos estava Benedito de Oliveira Neto, conhecido como Bené e dono da Gráfica Brasil, que naquele ano atuou na campanha do então candidato e atual governador de Minas Gerais. Ainda naquela etapa da investigação, o delegado Dennis Kali, então responsável pela operação, disse que o governador petista não era alvo da investigação.

Contatado pela Agência Brasil, o advogado de Pimentel, Antônio Carlos de Almeida Castro, conhecido como Kakay, disse que, “a exemplo do que foi visto nas investigações anteriores, o governador Pimentel não será alvo desta terceira etapa da Operação Acrônimo, até porque as empresas que são alvo não têm nenhuma relação com ele”, disse o advogado referindo-se às empresas citadas em reportagens veiculadas pela mídia.

Segundo Kakay, “não há nenhuma diligência em empresas ou particulares ligados ao governador”. Assessores ligados ao governo de Minas também informaram não ter notícias de escritório ou residência, tanto do governo como do governador do estado, que tenha sofrido diligência até o momento. Contatado pela Agência Brasil, o diretório estadual do PT em Minas Gerais disse que, até o momento, não houve registro de ação policial em seus escritórios no estado, e que está aguardando informações sobre as ações da PF para, posteriormente, se manifestar. Da Agência Brasil.

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