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Bahia: Oposição vai denunciar ao MP desperdício e descaso do governo com as obras paradas

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Deputados oposicionistas durante entrevista a rádio de Vitória da Conquista | FOTO: Divulgação |

Depois de quase sete horas de périplo por obras inacabadas do governo, em Vitória da Conquista, a bancada de oposição na Assembleia Legislativa deixou claro que pedirá providências imediatas ao Ministério Público contra o que chamou de desperdício dos recursos públicos e descaso com as necessidades e anseios da população. O líder da bancada, deputado Sandro Régis (DEM) que coordenou a visita de fiscalização junto com o deputado da região, Herzem Gusmão (PMDB), adiantou que uma audiência com o procurador chefe do MP para relatar o cenário de abandono das obras e os prejuízos que isso implica para os cofres públicos, já está sendo agendada.

O roteiro – iniciado pelas obras paralisadas do aeroporto de Conquista -, incluiu o novo presídio do município, complexo finalizado mas ainda sem funcionalidade, além das obras paralisadas do laboratório Bahiafarma, do Centro de Cultura do município, das UPAs do Hospital de Base e do bairro da Patagônia, cujas obras não avançam apesar dos R$ 2 milhões de recursos liberados pelo Ministério da Saúde.

“Constatamos mais uma vez o flagrante desperdício dos recursos públicos e o descaso do governo com o povo da da Bahia”, criticou o vice-líder da bancada, o democrata Pablo Barrozo, lembrando que trata-se de obras relevantes para a população, todas anunciadas com alarde desde o governo de Jaques Wagner e esquecidas após a posse do atual governador, Rui Costa, que também utilizou as mesmas promessas durante sua campanha eleitoral.

Os parlamentares constataram que o tão esperado aeroporto de Conquista, anunciado desde 2012, ficou apenas na pista de pouso e taxiamento das aeronaves, etapa ainda em conclusão. ” No entorno não há qualquer estrutura que indique a construção do terminal de passageiros e a informação é a de que não existe projeto e nem orçamento locado “, observou o líder do bloco DEM/PV, Luciano Ribeiro. “Depois de tanto tempo de iniciada, o que vemos aqui é um corpo sem cabeça”, indignou-se o deputado Herzem Gusmão.

Políticos visitam obras na região sudoeste e pedem respostas dos governos estadual e federal | FOTO: Divulgação |

As obras de construção do laboratório Bahiafarma que deveria ter entrado em operação desde 2012 e gerado cerca de 200 empregos, resume-se a um galpão abandonado. “A promessa de reativar a indústria de medicamento em Conquista foi mais uma enganação desse governo ao povo de Vitória da Conquista”, lamentou o líder do PMDB, Pedro Tavares.

Os deputados se mostraram também impactados com a ociosidade do novo presídio de Vitória da Conquista, com obra totalmente concluída mas sem utilização. O presídio, orçado inicialmente em R$ 16 milhões, custou aos cofres públicos R$ 33 milhões e está inativo, sem funcionar, apesar da capacidade acolher cerca de 800 detentos. ” É um absurdo constatar que existe um complexo na Bahia sem utilização enquanto a crise de vagas superlota todos os presídios”, criticou o deputado Hildécio Meirelles (PMDB), lembrando que os presídios complementam o sistema de segurança pública.

Na visita ao Hospital de Base, a comitiva detectou que as obras de ampliação da unidade não avançam e que a UPA, com construção praticamente pronta. não mostra sinais de implantação ou inauguração. Os deputados querem saber também onde foram investidos os R$ 2 milhões liberados pelo Ministério da Saúde para a UPA da Patagônia, que funciona improvisada e precariamente num prédio alugado. Herzem Gusmão considerou a visita positiva e acredita nos resultados dessa interferência dos parlamentares.

“E um presente para o município que está completando 175 anos de emancipação e merece, pela sua importância histórica e econômica, melhor tratamento por parte do governo”, refletiu. Participaram também da agenda de fiscalização das obras os deputados Luciano Simões Filho (PMDB), Adolfo Viana (PSDB), o líder do bloco PRB/PSC/PSDB, Augusto Castro, Tom Araújo (DEM) e Sidelvan Nóbrega (PRB).

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