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Governo federal vai lançar campanha informativa sobre surto de microcefalia

Até o dia 21 de novembro, foram notificados 66.289 casos prováveis de Dengue no estado | FOTO: Divulgação |

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O Aedes aegypti é o mosquito transmissor da dengue e do Zika vírus | FOTO: Arquivo Agência Brasil |

O governo vai lançar uma campanha para informar e esclarecer a população sobre o surto de microcefalia que atinge estados do Nordeste. Até o último dia 17, 399 casos da doença em recém-nascidos foram notificados em sete estados da região, de acordo com boletim do Ministério da Saúde. A microcefalia afeta o crescimento adequado do cérebro do bebê. O assunto foi tema da reunião de coordenação política entre a presidente Dilma Rousseff e onze ministros na manhã desta segunda (23), no Palácio do Planalto. “Não temos que criar nenhuma situação de alarde indevido, mas a situação preocupa”, reconheceu o ministro da Secretaria de Comunicação Social, Edinho Silva, em entrevista após a reunião.

Uma das hipóteses consideradas pelo Ministério da Saúde é que o surto de microcefalia esteja associado à ocorrência do Zika vírus em gestantes. Não há casos na medicina que comprovem a relação, mas pesquisas, entre elas da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), constataram a presença do genoma do vírus em mães que tiveram bebês com microcefalia. O Zika é transmitido pelo mosquito Aedes aegypti, o mesmo vetor da dengue.

“A presidenta pediu para que o ministro da Saúde tome todas as medidas necessárias para que a gente possa, independentemente das conclusões dos estudos que estão sendo feitos, enfrentar o surto, em primeiro lugar combatendo o mosquito”, disse Silva. Além da campanha, Dilma determinou a criação de um grupo interministerial, comandado pela Casa Civil, para estudar as medidas necessárias em outras pastas para controlar o surto de microcefalia. De acordo com o ministro, o governo poderá ampliar os investimentos no combate ao mosquito, por exemplo, e destinar recursos a outras ações para barrar o aumento de casos da doença.

“Por mais que tenhamos no nosso horizonte a questão do equilíbrio fiscal do governo, quando se fala em saúde pública, os recursos têm que ser destinados para que a gente enfrente a questão da microcefalia, nem que o governo busque posteriormente fazer a compensação em outras áreas do orçamento, mas saúde pública é saúde pública”, disse Silva, sem adiantar valores. “Quando se coloca em risco vidas humanas, essa [orçamento] é a menor preocupação, e essa foi a orientação da presidenta, que todas as medidas sejam tomadas para que a população possa ser protegida e o Brasil supere essa situação”, acrescentou. Da Agência Brasil.

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