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Chapada: Duas das quatro barragens baianas de rejeitos de minérios consideradas de alto risco se encontram em Jacobina

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Barragem da Yamana Gold: Não há possibilidade de acontecer em Jacobina o que ocorreu em Mariana | FOTO: Divulgação/Aratu Online |

Na Bahia, quatro barragens de rejeitos de minérios, das 24 em funcionamento no Estado, têm classificação idêntica à Barragem do Fundão, que rompeu no dia 5 de novembro, em Mariana (Minas Gerais). As barragens baianas que estão em situação de alto risco encontram-se duas em Jacobina, na Chapada Norte, e as outras duas em Santaluz, na região sisaleira. Elas estão classificadas em Dano Potencial Associado (DPA), condição considerada alta pelo Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM).

Por não ter alertas sonoros, assim como a de Mariana, a Barragem 02, administrada pela Yamana Gold, em Jacobina, é a que mais preocupa e é a única que está em plena atividade. Segundo relatório divulgado em abril pelo DNPM, mesmo no DPA, as quatro barragens baianas não aparecem entre as 16 mais inseguras do país. Apesar das outras barragens não estarem ativas, elas armazenam material de rejeitos, inclusive, a Barragem 01, em Jacobina, preencheu toda a capacidade de armazenamento em 2008. A Fazenda Brasileiro S/A, subsidiária da Yamana, que administra as barragens de Santaluz informou que as mesmas estão inativas.

Para Crea, Barragem 02 é segura
Em novembro, uma equipe de técnicos em meio ambiente do Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura da Bahia (Crea-BA), analisou a Barragem Yamanda Gold, em Jacobina, e descartou a possibilidade de riscos de acidentes. A Barragem 02 (Yamanda Gold) entrou na mira dos ambientalistas após a tragédia com a barragem de rejeitos da mineradora Samargo, em Mariana (MG).

Segundo o geólogo e consultor de meio ambiente do Crea, Rossini Barreto, “não há possibilidade de acontecer em Jacobina o que ocorreu em Mariana. Essa barragem é completamente diferente da de Mariana”. Ainda de acordo com Barreto, na Yamana Gold é feito um equilíbrio entre o volume de material que é depositado.

“Além de haver uma separação do material fino e do mais grosso, o crescimento dessa parte grossa é sempre à jusante [do ponto mais alto para o mais baixo], diferente da de Mariana. Eles obedecem rigorosamente à portaria n. 406, que é a mais recente”, avaliou. Jornal da Chapada com informações do Bahia Notícias e Aratu Online.

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