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Embasa reforça operação para evitar fraudes na rede de água

Medida é para clientes enquadrados na tarifa social por causa dos impactos do avanço do coronavírus | FOTO: Elói Corrêa/GOVBA |

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Resultado de ações fraudulentas, em 2014, foram desviados mais de 2,1 bilhões de litros de água canalizada e tratada pela Embasa, por mês | FOTO: Elói Corrêa/GOVBA |

Crime que pode comprometer o abastecimento de água e a melhoria ou ampliação do sistema de abastecimento, o furto de água (artigo 155 do código penal brasileiro) tem sido combatido pela Empresa Baiana de Águas e Saneamento (Embasa). Para intensificar os trabalhos que visam identificar ligações clandestinas e notificar usuários, a empresa realiza a campanha “De Olho no Gato, Seja Legal com a Água”. Novamente, uma equipe do órgão esteve, nesta quarta-feira (3), na Rua Carlos Gomes, no centro de Salvador, para fazer a vistoria. Na região existem centenas de prédios residenciais e comerciais, alguns que, inclusive, já foram notificados depois que a Embasa identificou ligações clandestinas.

De acordo com o gerente do departamento comercial da Embasa na capital e Região Metropolitana de Salvador (RMS), José Roberto Pinto, o primeiro prédio visitado, além de estar inadimplente há 56 meses, nos últimos dez anos, técnicos da empresa realizaram 22 visitas no local e identificaram “gato” oito vezes. “O objetivo da ação é inibir a fraude. Este prédio especificamente está com a água cortada desde 2005 e possui um débito com a Embasa no valor de R$ 2,5 milhões e nunca houve disponibilidade para negociação”.

Resultado de ações fraudulentas, em 2014, foram desviados mais de 2,1 bilhões de litros de água canalizada e tratada pela Embasa, por mês. A estimativa da empresa é que os prejuízos decorrentes do volume de água não faturado alcancem a marca de R$ 121,7 milhões. O gerente explicou que, além de fazer propostas de quitação da dívida, a Embasa pode decidir por judicializar a ação. “Vamos continuar com a operação. Hoje, temos 22 equipes fazendo este trabalho em Salvador. No ano que vem, teremos o dobro de equipes. Iremos realmente combater esta prática”, explicou Roberto.

Em alguns casos, para identificar a fraude é preciso escavar a calçada, mas logo em seguida é feito o trabalho de reconstrução da via. Proprietário de uma ótica há 38 anos na região, Jorge Silva apoia a operação. “É importante que façam esta fiscalização, pois, alguém paga essa água que está sendo desviada. Conheço algumas pessoas que têm este tipo de atitude”. Denúncias de ligações clandestinas podem ser feitas de forma anônima por meio do telefone 0800 0555 195.

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