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Músicos lançam frente em defesa dos direitos ao exercício da profissão na Bahia

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As atividades organizacionais do movimento ‘Músicos na Luta’ estão legitimadas por uma adesão de aproximadamente 1,5 mil músicos de forma direta e 10 mil indiretamente | FOTO: Reprodução |

Um grupo de músicos baianos lançam, nesta quarta-feira (2), uma frente em defesa aos direitos do exercício da profissão no estado. Para o presidente da Rede de Cultura Popular em Salvador, Osvaldo Guimarães da Silva, mais conhecido como “Lobo Mau”, “o movimento surge com as necessidades da classe musical por direitos e por não acreditar nas instituições que representam a classe”. Conforme o músico, a frente vai buscar constituir “uma instituição mais íntegra e transparente”, que busque melhorar a atual situação dos músicos.

“As relações profissionais estão desgastadas e sendo tratadas de forma unilateral, onde os grandes empresários predominam no cenário musical. Este modelo de gestão não agrega valores na profissão, mantendo o capital de giro e o humano comandados por um grupo que não fomenta a classe”, aponta Osvaldo da Silva. “Os artistas do Coletivo ‘Músicos na Luta’ estão organizados para corroborar com o desenvolvimento do profissionalismo e a transparência que envolvem o exercício da profissão, de forma organizada ordeira e pacífica. Estamos convocando a classe musical política e segmentos da sociedade civil”.

As atividades organizacionais do movimento ‘Músicos na Luta’ estão legitimadas por uma adesão de aproximadamente 1,5 mil músicos de forma direta e 10 mil indiretamente. “O movimento representa os excluídos e insatisfeitos deste sistema de gestão unilateral”, completa Lobo Mau. Entre as demandas apresentadas pela frente estão a inserção de um ou mais membros da coordenação do coletivo nos chamamentos públicos para compor as comissões de curadoria e elaboração de editais (para eventos de manifestações populares).

Os músicos ainda pedem a fiscalização dos critérios de contratação dos artistas para festas populares, como o carnaval, buscando a transparência do processo e o controle social, além de criar novas alternativas de contratação de artistas, que possam combater eventuais cartelização ou quaisquer outros métodos que possam prejudicar a contratação publica dos artistas. A frente pede também que seja criada um memorial da música baiana, e promoção para parceria com o poder público para profissionalização dos músicos em workshop, cursos e palestras. Promover o bem-estar dos músicos, buscando uma melhor assistência social, saúde, educação e assistência jurídica, e discutir a criação de uma tabela de cachês artísticos da Bahia, para pagamentos dos músicos, são outras demandas apresentadas.

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