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Políticos baianos são indiciados por corrupção passiva entre outros crimes

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A polícia concluiu que Roberto Britto, o conselheiro do TCM, Mário Negromonte, e Mário Negromonte Júnior receberam reiteradas vezes, entre 2006 e 2014, propina proveniente de contratos da Petrobrás | FOTO: Reprodução/Bocão News |

Os deputados federais baianos, Mário Negromonte Júnior (PP-BA) e Roberto Britto (PP-BA), e o conselheiro do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), Mário Negromonte, foram indiciados por corrupção passiva qualificada, lavagem de dinheiro e organização criminosa pela Polícia Federal (PF). Mario Negromonte Júnior também foi acusado de crime de ameaça. A PF aponta que ele tentou obstruir as investigações da Lava Jato, ‘fazendo ameaça velada à integridade física do ex-deputado Luiz Argolo e seus familiares, na tentativa de evitar que ele fizesse acordo de delação premiada’.

Minutos antes de receber a informação do indiciamento, o deputado federal Mario Negromonte Junior (PP) acompanhava a reunião da comissão especial que analisa o pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff. Ele havia dito à reportagem do Bocão News que estava tranquilo, assim como o pai, conselheiro do TCM. Após sair da sala onde aconteceu a sessão da comissão, Mário falou com a reportagem novamente afirmou que não sabia do que se tratava ainda que consultaria os advogados para tomar pé da situação.

Conforme o Diário do Poder, a polícia concluiu que eles receberam reiteradas vezes, entre 2006 e 2014, propina proveniente de contratos da Petrobrás com as empresas Braskem/Odebrecht, Queiroz Galvão, Jaraguá Equipamentos, Mendes Junior e Andrade Gutierrez. O esquema era operado pelo doleiro Alberto Youssef, delator da Lava Jato e um dos personagens centrais da operação.

Mario Negromonte era líder do PP e participava, segundo a PF, de uma organização criminosa, que ao longo de oito anos movimentou cerca de R$ 500 milhões “em recursos efetivamente desviados da Petrobrás”, por meio de doações eleitorais fraudulentas, repasses em espécies e custeio de despesas pessoais dos envolvidos e a terceiros a eles ligados.

As investigações da PF identificaram que os responsáveis pelas empreiteiras além de pagarem propina em espécie aos envolvidos em torno de R$ 300 mil por mês para cada um, também realizavam depósitos em contas correntes de pessoas por eles indicadas. As informações são do site Bocão News e de Luiz Fernando Lima.

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