Ícone do site Jornal da Chapada

Parlamentares se revezam na tribuna em discursos a favor e contra o impeachment

Brasília - Deputados de oposição levantam faixas durante fala do Advogado Geral da União, José Eduardo Cardozo, que expõe os argumentos da defesa durante discussão da autorização ou não da abertura do processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff, no plenário da Câmara dos Deputados ( Marcelo Camargo/Agência Brasil)

foto68
Deputados de oposição e do governo levantam faixas que expõem os argumentos pró e contra a abertura do processo de impeachment da presidente Dilma | FOTO: Marcelo Camargo/Agência Brasil |

Após a fala do jurista Miguel Reale Júnior e do advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, que reforçaram argumentos da acusação e da defesa da presidenta Dilma Rousseff respectivamente, o deputado Zé Geraldo (PT-PA), foi o primeiro a defender o governo durante o tempo destinado às lideranças dos partidos que foi dividido entre os parlamentares. O deputado destacou que o próximo domingo (17), quando a admissibilidade do processo de impeachment será votado no plenário da Câmara dos Deputados, será “o pior domingo” da sua vida. Ele classificou o processo de impeachment de ilegal e imoral e afirmou que o povo brasileiro clama por “justiça contra a corrupção”. Assim como fez o advogado-geral da União, Zé Geraldo acusou o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), de tentar chantagear deputados para que processo contra ele no Conselho de Ética da Casa não prosperasse.

Outro deputado petista, Luiz Sérgio (RJ) disse que a opção que está posta é entre a democracia e o golpe. Ele considerou que a crise financeira é resultado da crise política, criada por aqueles que “não quiseram aceitar o resultado das urnas”. Luiz Sérgio disse ainda que quem não foi “legitimado nas urnas” não vai ter autoridade moral para conduzir a sociedade brasileira. “Vai ser o aprofundamento da crise”, destacou. O deputado Ivan Valente (PSOL-SP) ressaltou que o processo de impeachment contra a presidenta Dilma Rousseff é uma “farsa”, segundo ele, comandada por um “réu”, que está “livre, leve e solto” que é o presidente da Câmara, Eduardo Cunha.

Oposição
Do lado da oposição, o deputado Augusto Coutinho (SD-PE) disse que o “impeachment não é golpe, mas uma “obrigação republicana”. Ele acusou o governo de ser “perdulário e corrupto”. O deputado Pauderney Avelino (AM), líder do DEM, disse que os parlamentares de seu partido estão convencidos de que o Brasil está numa encruzilhada: “O povo brasileiro não aguenta mais essa corrupção sistêmica instaurada no governo do PT”, disse acrescentando que a Petrobras está “sendo devastada”. Pauderney Avelino disse ainda que o governo agiu de forma irresponsável e mentiu para o povo: “Agora só nos resta fazer justiça, buscar uma solução, que é o impeachment”.

Ainda em defesa do impeachment, o deputado Paulo Foletto (PSB-ES) criticou a crise na economia e na saúde. Outro a falar a favor do impedimento foi Dirceu Sperafico (PP-PR). Ele defendeu um novo governo para melhorar as condições do país: “Esse governo não existe mais. Precisamos de um governo mais enxuto que esteja olhando para os problemas da sáude e da educação”, disse. Após o tempo dedicado às lideranças, cada um dos 25 partidos da Casa terá uma hora para defender suas posições. Da Agência Brasil.

<< Acompanhe ao vivo os debates na Câmara >>

Sair da versão mobile
Pular para a barra de ferramentas