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Jamais toleraremos outro golpe neste país, declara Valmir ao dizer não ao impeachment

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O deputado federal Valmir Assunção é contra o impedimento da presidente Dilma Rousseff | FOTO: Divulgação/TV Câmara |

O deputado federal Valmir Assunção (PT-BA) defendeu o governo da presidente Dilma Rousseff (PT) do processo de impeachment, durante sessão histórica na Câmara Federal, neste sábado (16). Assunção disse que os políticos de oposição estão distorcendo as informações e tratando de assuntos que não constam no processo em debate. “Jamais toleraremos outro golpe neste país – promovido por elites que não conseguem conviver com a democracia. Parte desses representantes aqui sobem à tribuna para mentir para o povo brasileiro. Porque a peça discutida sobre a questão do golpe trata de seis decretos e também a questão do Plano Safra e a subvenção. A presidente fez isso para fortalecer a educação brasileira, para liberar recursos para as universidades”.

Valmir explica a questão envolvendo o programa do governo federal e diz que a oposição tenta distorcer os fatos para influenciar na opinião pública, que consequentemente influenciaria a opinião dos parlamentares na votação do impeachment. “Quando Fernando Henrique Cardoso era presidente deste país, eram investidos dois bilhões para a agricultura familiar. No governo da presidenta Dilma passou para 29 bilhões. Nossa agricultura é forte porque tem o apoio do governo federal. Tanto a agricultura patronal quanto a familiar. Esse é o debate que tem de ser feito. Os deputados aqui não tratam deste assunto e sobem na tribuna para mentir para o povo”.

O parlamentar disse que “é preciso falar a verdade para a população. Não adianta enganar, tem de ser franco. Por isso que hoje a maioria a população é contra o golpe e por isso que a oposição tenta explicar que não é golpe. Como não é golpe se estão rasgando a Constituição Federal, se não aceitam a decisão das urnas?”. O baiano é um dos políticos que deve decidir a derrocada do impeachment, que a oposição e setores da sociedade conservadora tentam neste domingo (17). Ao reafirmar voto contrário ao processo de afastamento da presidente Dilma e fundamentar a defesa do governo, Assunção fala que vai acontecer o mesmo que aconteceu em 2014.

“Sei que tem gente comemorando a vitória, mas tinha muita gente também comemorando a vitória no dia 27 de outubro de 2014. O aeroporto de Belo Horizonte ficou lotado, foram para lá comemorar e quando as urnas foram abertas, Dilma se tornou presidente com 54 milhões de votos”. Valmir ainda disse que não foi à toa que a votação do impeachment acontece no dia 17 de abril, quando o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) perdeu 21 militantes no caso conhecido como Massacre do Eldorado dos Carajás, em 1996. Neste período, o Pará era governado pelo PSDB.

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