
Amicus curiae é alguém que, mesmo sem ser parte, é chamado ou se oferece para intervir em processo relevante com o objetivo de apresentar ao Tribunal a sua opinião sobre o debate nos autos. Para a Rede, o processo de impeachment tem bases legais, mas não alcança a finalidade de resolver a crise política, econômica e social do Brasil. Marina diz que se posiciona a favor do impeachment, apesar da bancada do partido na Câmara ter sido liberada para o voto, ontem. Ela que se posicionará a favor, também, caso seja admitido o processo de impeachment de Temer. “Toda a chapa está comprometida. PT e PMDB praticaram juntos crime de corrupção, tomaram as decisões que levaram à crise juntos”, diz. “O impeachment não é golpe”, acrescenta.
Marina acredita que novas eleições serviriam para reunificar um país dividido. “Nesse momento, temos que buscar transição, que pode ser pactuada e legitimada com novas eleições, que unem brasileiros. A saída para essa crise está na mãos dos sete ministros [do TSE] que podem devolver aos 200 milhões de brasileiros a saída que não foi encontrada pelas lideranças políticas pela falta de legitimidade para fazê-lo”. A Rede aposta que as denúncias feitas na Operação Lava Jato podem contribuir para acelerar o processo de impeachment contra Temer em tramitação do TSE. A expectativa é que novas eleições presidenciais possam ser feitas, ainda este ano, aproveitando a estrutura das eleições municipais, agendadas para outubro deste ano. Em 2014, Marina concorreu à Presidência da República pelo PSB e ficou em terceiro lugar, com 21,32% dos votos no primeiro turno. Em setembro de 2015, a Rede foi registrada no TSE. Da Agência Brasil.