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Renan diz no STF que Senado não terá voto em “função do que a família quer”

Brasília - Os presidentes do Supremo, Ricardo Lewandowski, e do Senado, Renan Calheiros, discutem rito do processo de impeachment (Wilson Dias/Agência Brasil)

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Os presidentes do Supremo, Ricardo Lewandowski, e do Senado, Renan Calheiros, vão definir os ritos do processo de impeachment | FOTO: Wilson Dias/Agência Brasil |

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), disse na segunda (18) que não haverá na Casa voto a favor ou contra o impeachment da presidenta Dilma Rousseff em função do que a “família quer ou não”. Após audiência com o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, Renan também declarou que o Senado vai “observar todos os prazos” e garantirá o direito de defesa da presidenta. Renan ironizou as justificativas dos deputados que votaram no domingo (17) na sessão em que a Câmara dos Deputados decidiu a abrir procedimento de impedimento de Dilma. Muitos parlamentares afirmaram que seus votos eram em nome de suas famílias.

“A Constituição diz que cabe ao Senado processar e julgar. No Senado, com certeza não vai ter voto em função do que a família quer ou não. O julgamento será de mérito, se há ou não crime de responsabilidade. Vamos em todos os momentos do processo nos guiar pelo cumprimento do papel do Senado Federal”, afirmou. Renan e Lewandowski se reuniram no início da noite no Supremo para definir que regras do rito do impeachment no Senado serão divulgadas e deverão ser confirmadas pelos demais ministros da Corte, após sessão administrativa do STF, que ainda não tem data marcada para ocorrer.

Os gabinetes de ambos estão trabalhando em conjunto para definir o roteiro. Segundo Renan, sua atuação no processo será com “isenção e a neutralidade”. “Como presidente do Senado, eu queria repetir que vamos observar todos os prazos, garantir direito de defesa e processo legal”, concluiu. Da Agência Brasil.

Confira aqui vídeo sobre a votação na Câmara

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