Ícone do site Jornal da Chapada

Brasil: Diário Oficial da União publica demissão de ministro da Saúde

Alex Ferreira / Câmara dos Deputados

castro
Castro já havia confirmado que entregaria sua carta de demissão, apesar de ter se manifestado por diversas vezes ter “compromisso com o cargo” | FOTO: Alex Ferreira/Câmara dos Deputados |

O Diário Oficial da União publicou nesta quinta (28) a exoneração do ministro da Saúde, Marcelo Castro, que pediu demissão ontem. A medida veio acompanhada do termo “a pedido”. Na quarta (27), Castro já havia confirmado que entregaria sua carta de demissão, apesar de ter se manifestado por diversas vezes ter “compromisso com o cargo”. Ele foi um dos três ministros do PMDB, junto com Celso Pansera (Ciência e Tecnologia) e Kátia Abreu (Agricultura), que se negaram a deixar os cargos após o desembarque do partido do governo, imposto pela direção nacional a todos os correligionários no fim de março.

Também deputado federal, Castro se licenciou do cargo para votar contra o impeachment da presidenta Dilma Roussef na Câmara, tendo sido reconduzido ao posto logo após a votação. Pansera fez o mesmo movimento, mas não retornou ao ministério. Psiquiatra de formação, o ex-ministro da Saúde havia sido nomeado ministro em outubro, em meio a uma reforma ministerial promovida pela presidente Dilma Roussef com a intenção de recompor sua base de apoio no Congresso.

Durante sua passagem pelo ministério, ele passou por pelo menos uma grave crise de saúde pública: o aumento agudo no número de casos microcefalia (malformação no cérebro de bebês), espalhados pelo país. Descobriu-se depois que a anomalia tinha ligação com um surto do vírus Zika. Castro também se envolveu em polêmica junto à comunidade especializada ao nomear o psiquiatra Valencius Wurch Duarte Filho, que, no passado, defendeu a existência de manicômios, para a Gerência Nacional de Saúde Mental, em dezembro.

Outros nomes
Os peemedebistas Henrique Eduardo Alves e Mauro Lopes também deixaram o Ministério do Turismo e a Secretaria de Aviação Civil, respectivamente. Helder Barbalho, que comandava a Secretaria de Portos, e Eduardo Braga, o Ministério de Minas e Energia, deixaram os cargos por se sentirem desconfortáveis com a decisão do PMDB após a abertura do processo de impeachment de Dilma, com amplo apoio do partido na Câmara. Os dois, no entanto, haviam sinalizado que apoiariam a presidenta na tarefa de tentar barrar o processo no Senado. Braga e o pai de Helder, Jader Barbalho, têm mandato no Senado. Da Agência Brasil.

Sair da versão mobile
Pular para a barra de ferramentas