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“Não tem renúncia”, diz Waldir Maranhão sobre deixar a presidência da Câmara

Brasília - Presidente interino da Câmara, Valdir Maranhão, durante pronunciamento na sala de reuniões da presidencia da Casa (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

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Segundo o deputado, as pressões pela renúncia já tiveram mais fortes | FOTO: Reprodução/EBC |

O presidente em exercício da Câmara dos Deputados, Waldir Maranhão (PP-MA), disse nesta sexta (13) que não pretende renunciar ao cargo que ocupa desde que o então presidente Eduardo Cunha (PMDB-RJ) foi afastado pelo Supremo Tribunal Federal. “Sem renúncia. Não tem renúncia. Vamos administrar o país”, disse ele rapidamente ao chegar à Câmara dos Deputados. A especulação sobre uma possível renúncia de Maranhão teve início quando ele tentou, por meio de um ato, anular a sessão que encaminhou ao Senado a análise sobre o impeachment da presidente Dilma Rousseff. Posteriormente, integrantes de partidos e da Mesa pediram sua renúncia.

Um dos deputados com quem Maranhão tem conversado sobre a forma como conduzirá os trabalhos da Casa é o primeiro-secretário da Mesa Diretora da Câmara, Beto Mansur (PRB-SP). Ele também diz não ver motivos para a renúncia de Maranhão. “Acho que a gente tem de ajudar a equacionar as coisas e a governar as coisas aqui na Casa. Logicamente ele é o presidente e tem de dar o tom. Mas essa ideia de alguns partidos quererem derrubá-lo à força porque têm seus próprios candidatos, isso é falta de ser brasileiro”, disse Mansur.

Segundo o deputado, as pressões pela renúncia já tiveram mais fortes, mas a tendência é que, com o tempo, vão diminuindo. “A pressão de ontem é menor do que a de antes de ontem e maior do que a de hoje. Quando ele assinou aquele ato contra 367 votos, eu mesmo tomei um susto. Mas ele voltou atrás, reconheceu que errou e pediu desculpas”, disse Mansur.

Benefícios
O primeiro-secretário informou, também, que o deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) continuará recebendo vários dos benefícios concedidos a ele, uma vez que continua deputado apesar do afastamento. “Fizemos uma simetria entre Dilma e Cunha. Claro que Cunha não terá direito à cota Ceap, que é um reembolso da atividade parlamentar que ele não está exercendo. Mas o restante terá uma simetria com o que foi dado à Dilma. Preparamos o ato, que foi aprovado na Câmara, sobre esse assunto. E ele será retroativo ao dia 5 de maio, quando houve a decisão judicial”, disse ele. Segundo Mansur, a cota Ceap recebida por Cunha é de cerca de R$ 30 mil. Da Agência Brasil.

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