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Renan coloca Temer e Lewandowski como testemunhas de que não tentou interferir na Lava Jato

Brasília - Presidente do Senado, Renan Calheiros, mantém o trâmite normal do processo de impeachment da presidenta Dilma no Senado (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

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O presidente do Senado chegou a pedir que Michel Temer e Ricardo Lewandowski sirvam de testemunhas de que ele não tentou interferir nas atribuições dos Poderes Executivo e Judiciário | FOTO: Reprodução |

Personagem de gravações feitas pelo ex-senador e ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado, em que faz críticas à Operação Lava Jato, o presidente do Senado Federal, Renan Calheiros (PMDB-AL), defendeu na terça (31) a liberdade de expressão e de manifestação e negou que tenha tomado iniciativas para “embaraçar” qualquer um dos Poderes da República. Pouco antes de iniciar a Ordem do Dia do Senado, o peemedebista fez um breve pronunciamento em que diz “pregar todos os dias” o respeito e a independência dos Poderes.

“Parlamentares, todos sabem, deputado ou senador, são eleitos para ter opinião. O povo de Alagoas me elegeu para ter opinião, para que aqui opinemos sobre autoridades, projetos, leis, sobre conjuntura, economia, sobre política, sobre tudo, afinal. Pode-se criticar um parlamentar por omissão, mas jamais procurar criminalizar alguém por opinião”, discursou Renan.

O presidente do Senado chegou a pedir que os presidentes do Poder Executivo [Michel Temer] e do Supremo Tribunal Federal [Ricardo Lewandowski] sirvam de testemunhas de que ele não tentou interferir nas atribuições desses Poderes. “Agora, proibir que o parlamentar ache alguma coisa – se não couber, institucionalmente ao parlamentar achar alguma coisa, o que vai caber ao parlamentar nesse estágio democrático do Brasil?”, questionou Renan.

Há duas semanas, gravações feitas por Sérgio Machado em conversar com lideranças peemedebistas têm sido divulgadas e já provocaram a saída de dois ministros do governo do presidente da República interino, Michel Temer. Em uma das gravações, divulgada pelo jornal Folha de S.Paulo, o presidente do Senado defende uma alteração na lei que trata da delação premiada para impedir que presos colaborem com as investigações. Da Agência Brasil.

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