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Bahia: Operação da PF investiga desvio de verbas da saúde em três municípios

As investigações são um desdobramento de colaborações premiadas de investigados na 57ª fase da Lava Jato | FOTO: Divulgação/PF |

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Os mandados foram expedidos pelo Tribunal Regional da 1ª Região e têm por objetivo localizar e apreender provas das fraudes e do superfaturamento nas contratações públicas | FOTO: Divulgação/PF |

A Polícia Federal (PF) deflagrou na manhã desta sexta-feira (22) a Operação Copérnico, em conjunto com a Controladoria Geral da União (CGU), com o objetivo de desarticular esquema criminoso de desvio de verbas públicas destinadas à saúde, bem como fraudes à licitação, corrupção e lavagem de dinheiro. Cerca de 140 Policiais Federais iniciaram a operação buscando cumprir os 24 mandados de busca e apreensão, um mandado de prisão preventiva e sete mandados de condução coercitiva nos municípios de Salvador, Candeias e São Francisco do Conde.

Conforme apurado durante as investigações, o esquema ilícito funcionava através da criação de empresas e entidades sem fins lucrativos em nome de “laranjas”, com as quais eram firmados contratos de gerenciamento integral de hospitais, Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e centros de saúde. Foram identificadas três irregularidades principais: a fraude às licitações, que eram forjadas; a falta de fiscalização, por parte do município, em relação à efetiva prestação do serviço; e a realização de pagamentos com base apenas na declaração emitida pela própria entidade.

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Analisadas as licitações e prestações de contas de dois dos municípios envolvidos, a CGU detectou mais de R$ 70 milhões pagos pelas prefeituras sem qualquer documentação que comprove a realização dos serviços de saúde. Já na movimentação bancária da principal entidade investigada, entre 2012 e 2015, identificou-se que as cinco principais beneficiárias de transferências foram empresas pertencentes à própria organização criminosa e o escritório de advocacia cujo sócio constava como procurador de um dos municípios.

Os mandados foram expedidos pelo Tribunal Regional da 1ª Região e têm por objetivo localizar e apreender provas das fraudes e do superfaturamento nas contratações públicas, bem como fazer cessar ameaças que vinham sendo feitas a testemunhas. O nome Copérnico é uma referência à teoria heliocêntrica, desenvolvida pelo cientista de mesmo nome no século XVI, em contraposição ao geocentrismo.

É que no início das investigações, gravitava em torno do esquema criminoso um empresário que, àquela altura, supunha-se de menor importância, mas que, com o desenrolar dos trabalhos, revelou-se ser o verdadeiro centro da organização, em torno do qual todo o esquema criminoso girava. Jornal da Chapada com informações da PF.

Confira vídeo divulgado pela PF:

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