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Chapada: Comitiva de Morro do Chapéu conhece projeto de coleta seletiva em LEM

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A visita teve o objetivo de conhecer in loco o projeto considerado como referência quando o assunto é coleta seletiva de materiais reciclados | FOTO: Meramente Ilustrativa/Arquivo |

O município de Luís Eduardo Magalhães (LEM) foi o primeiro na Bahia a formalizar convênio com uma associação de catadores para desenvolvimento do Programa de Coleta Seletiva Solidária. A assinatura do contrato de prestação de serviços entre o Poder Executivo e a Associação de Catadores de Materiais Recicláveis aconteceu no final de agosto de 2014. Uma comitiva liderada por Abmálio Oliveira Gonçalves, secretário de Obras, Transporte e Serviços Públicos, da cidade de Morro do Chapéu, esteve visitando a Secretaria do Meio Ambiente de Luís Eduardo Magalhães e a Usina de Triagem da Associação de Catadores do município, na última quarta (27) e quinta-feira (28). A visita teve o objetivo de conhecer in loco o projeto considerado como referência quando o assunto é coleta seletiva de materiais reciclados.

Segundo o secretário, que esteve acompanhado por Ivan Lins de Oliveira e Valdirene Rosa dos Santos, ambos agentes de limpeza pública do município, conhecer de perto o funcionamento da associação e trocar informações com seus associados facilitarão a criação de um projeto com as mesmas características. Para o secretário o trabalho desenvolvido em LEM precisa ser conhecido e visitado por todos os municípios da Bahia, pela sua organização e exemplo de gestão e responsabilidade com o que é descartado como lixo na cidade.

“Voltaremos para Morro do Chapéu com a certeza de que poderemos seguir os passos positivos alcançados pela Associação de Catadores de LEM. Vou passar para o prefeito Cleová Oliveira o que vimos aqui para podermos melhorar ainda mais o projeto que o município possui em relação ao que é descartado na sede e no interior do município”, disse, ao destacar o grande interesse do prefeito em implantar a coleta seletiva, recolhimento de materiais reciclados separadamente em sua cidade. “Nossa vinda à Luís Eduardo reforça a vontade e a preocupação do prefeito Cleová em relação ao assunto”, concluiu.

LEM
Os catadores passaram a contar com uma usina de reciclagem equipada com carros para transporte de resíduos recicláveis, triturador de vidros, prensa hidráulica vertical lateral articulada, prensa hidráulica horizontal, esteira de elevação fixa e de triagem, elevador de fardos, carrinho para movimentação de fardos, carrinho de movimentação de tambores, entre outros. O Centro de Triagem de Coleta Seletiva Solidária foi implantado pela Prefeitura Municipal, com apoio da Secretaria de Trabalho, Emprego, Renda e Esporte do Governo da Bahia (Setre). Depois que o programa foi implantado os catadores passaram a trabalhar com fardamento, EPI e ainda recebem todo apoio da prefeitura. Atualmente quatro caminhões são responsáveis pelo transporte do material reciclável de toda a cidade.

No início do mês de junho deste ano aconteceu o lançamento do Projeto Piloto de Compostagem que está funcionando em um terreno na parte lateral do galpão onde funciona a usina de reciclagem. Além de contribuir para a diminuição de lixo lançado no aterro controlado (lixão) da cidade, a compostagem irá produzir um fertilizante natural para ser usado em jardins e hortas. O adubo orgânico que será produzido nas leiras de compostagens será mais um produto que irá agregar valor aos trabalhos já desenvolvidos pelos catadores. A compostagem deverá ser mais uma fonte de renda para os pais e mães de famílias do projeto.

Além da importante missão de retirar os catadores do lixão, outros muitos avanços foram conquistados. “O foco é o desenvolvimento social, os trabalhadores foram retirados do lixão e agora passam a desenvolver atividades com retorno financeiro através da associação. A vida dos associados está recebendo uma transformação social. A auto estima dos catadores, agora organizados e com condições de se manter dignamente sem a necessidade da sua exposição à ambiente insalubres e sub-humanos”, salientou Leodegard Gonçalves, diretor de Meio Ambiente do município, externando que “a renda dos cerca de 30 associados dependem exclusivamente da venda de materiais reciclados (plástico, papelão, alumínio e cobre) para sustentar suas famílias”. Com informações de Assessoria.

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