Ícone do site Jornal da Chapada

Salvador: Encontro debate normatização do ensino das técnicas circenses

circo
O projeto está tratando, em sua primeira fase, das definições nas nomenclaturas dos circos, verbetes comuns aos circenses, mas muitas vezes desconhecidos da população | FOTO: Reprodução |

Nesta terça-feira (16), Salvador sedia a 8ª Reunião da ABNT/CEE – Associação Brasileira de Normas Técnicas / Comissão Especial de Estudos de Circo – 223, nas dependências do Teatro Castro Alves, das 10h às 17h. No encontro aberto ao público participam autoridades, profissionais ligados à área da Cultura, escolas de circo, estudiosos da área, engenheiros, representantes de associações, cooperativas, artistas de circos brasileiros e internacionais e profissionais fabricantes e fornecedores de materiais para os circos. O Núcleo de Artes Circenses da Diretoria das Artes da Fundação Cultural do Estado da Bahia (Funceb) apoia a realização, que também conta com o apoio do TCA/Funceb.

De acordo com a Presidente da União Brasileira de Circos Itinerantes (UBCI), Marlene Querubin, o objetivo do Projeto de Normatização do Ensino das Técnicas Circenses, e de tudo relacionado ao mundo do Circo, é a preservação da tradição. O projeto hoje está tratando, em sua primeira fase, das definições nas nomenclaturas dos circos, verbetes comuns aos circenses, mas muitas vezes desconhecidos da população. Na sequência serão definidas as técnicas, profissões, ferramentas, números, aparelhos e tudo aquilo que faz parte do universo do circo.

Marlene Querubin, que é também secretária da Comissão, representante do Circo na Frente Parlamentar pró Cultura e empresária, dona de um dos maiores circos do Brasil – o Circo Spacial, avalia que “a cada dia que passa torna-se mais difícil conseguir espaço e condições para a sobrevivência da arte milenar do Circo. Com olhos não só no presente, mas também no futuro, nós decidimos convocar outras entidades, associações similares e circenses acreditando que só assim se conquistará o espaço que o Circo tanto busca: os incentivos e políticas públicas a que têm direito”.

Questões de classe
A UBCI procurou o apoio da ABNT para desenvolver este projeto por entender as dificuldades hoje encontradas pela classe circenses para obtenção de alvarás, documentos junto ao Corpo de Bombeiros e prefeituras para o funcionamento dos circos. Coordenadora do Núcleo de Artes Circenses da Funceb – entidade vinculada à Secretaria de Cultura do Estado da Bahia (Secult), Vika Mennezes foi a responsável por articular que o encontro acontecesse em Salvador, por considerar de extrema importância para o setor e no intuito de incluir os circenses baianos na elaboração do projeto nacional.

“Este é um passo decisivo para a normatização da atividade circense no estado e no país”, declara Vika. A ABNT que é membro fundador da Organização Internacional de Normalização (ISSO), da Comissão Pan-Americana de Normas Técnicas e da Associação Mercosul de Normalização e também membro da Comissão Eletrotécnica Internacional (IEC), abriu espaço e abraçou o projeto.

Trabalho da comissão
A comissão se reúne mensalmente, sendo sempre acompanhada pelos representantes da ABNT, que é o Foro Nacional de Normalização, por reconhecimento da sociedade brasileira, e confirmada pelo governo federal por meio de diversos instrumentos legais. Para que haja maior participação das entidades que têm o mesmo objetivo, as reuniões são realizadas em locais distintos e tendem a abranger a classe circense de todo o Brasil. Por consenso a CEE 223, já aconteceu em São Paulo – capital e Campinas, Rio de Janeiro e Fortaleza.

Sair da versão mobile
Pular para a barra de ferramentas