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#Rio2016: Conquistas inéditas de baianos levam o Brasil a subir no quadro de medalhas

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O Brasil nunca tinha conquistado ouro no boxe olímpico assim como nunca tinha subido no pódio na canoagem na história dos jogos | FOTO: Montagem do JC/EBC |

As quatro medalhas conquistadas pelos baianos Robson Conceição, Isaquias Queiroz e Erlon Silva correspondem a 31% do total de medalhas conseguidas pelo Brasil na competição, que foram 16 até o momento. A Bahia é o único estado do Norte e Nordeste a ter atletas no pódio olímpico. Separando por estados, a Bahia fica apenas atrás de São Paulo no número de medalhistas. Outro fato inusitado é que todas as medalhas baianas foram inéditas.

O Brasil nunca tinha conquistado ouro no boxe olímpico assim como nunca tinha subido no pódio na canoagem na história da participação brasileira em jogos olímpicos, que começou em 1920. Se fosse um país, o estado estaria na 45ª posição no quadro de medalhas ficando a frente de países europeus como Portugal e Irlanda. Além disso, a Bahia estaria no seleto grupo dos 70 países que até o momento conquistaram alguma medalha.

A dupla de canoístas formada pelos baianos Isaquias Queiroz [Ubaitaba, ‘cidade das canoas, em Tupi Guarani] e Erlon Silva [Ubatã, madeira rígida, na língua indígena] levou a medalha de prata na final da prova canoa dupla 1.000m, na canoagem velocidade. Os baiano comandaram a prova, mas foram ultrapassados pela dupla alemã formada por Sebastian Brendel e Jan Vandrey no final. Juntos, Isaquias e Erlon foram campeões mundiais em Milão, no ano passado, e não chegaram ao título olímpico por menos de um segundo.

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Maior medalhista brasileiro em uma única edição
Com o resultado deste sábado (20), Isaquias Queiroz tornou-se o primeiro brasileiro a ganhar três medalhas na mesma edição dos Jogos Olímpicos. Na quinta-feira (18), o atleta de 22 anos conquistou a medalha de bronze na prova dos 200m da canoagem velocidade e, no início da semana, levou a prata na prova dos 1.000m da canoagem velocidade individual.

Apesar de todos os holofotes estarem voltados para Isaquias, o baiano de Ubaitaba mostrou que Erlon era bem mais que um mero coadjuvante de um dia histórico para ele. E o fenômeno da canoagem nacional enxerga muito do parceiro de seis anos em seus feitos. “Ele merecia essa medalha, porque vi o quanto ele se dedicou e se esforçou ao longo da carreira dele. Ele me ajudou muito nas minhas duas primeiras medalhas”, reconhece Isaquias.

“O sentimento é de dever cumprido. A gente sabe o que passou e o que ainda passa dentro de um centro de treinamento. Não é fácil ganhar uma medalha dessas. Você dorme e acorda pensando em treino. Os últimos quatro anos foram voltados para essa medalha”, lembra Erlon, que se junta a Isaquias no rol de medalhistas brasileiros da canoagem.

Erlon exalta a façanha do conterrâneo: “Cada prova é diferenciada. Uma prova nunca é igual a outra, e ele teve que fazer um trabalho estratégico. A gente deve muito ao nosso técnico (o espanhol Jesús Morlán), que soube diferenciar e separar as coisas. O que o Isaquias fez aqui hoje, poucas pessoas conseguem fazer. Ser tão veloz e conseguir medalha em três provas. Na canoagem, você está todo o tempo testando seus limites e brigando com o seu corpo. Às vezes você fica muito cansado, mas está arrancando mais dele”. Com informações da Agência Brasil e do Correio 24h.

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