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Denúncia do Ministério Público Federal não pede a prisão de Lula

Brasília - O novo ministro da Casa Civil, Luiz Inácio Lula da Silva, durante cerimônia de posse (José Cruz/Agência Brasil)

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O ex-presidente Lula | FOTO: Reprodução/EBC |

A denúncia do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva por envolvimento no esquema de corrupção idenficado na Operação Lava Jato, feita na quarta-feira (14) pelo Ministério Público Federal (MPF), não está acompanhada de pedido de prisão de Lula. “Não nos manifestamos sobre medidas cautelares. Esse é um padrão que nós seguimos para não antecipar juízos ou avaliações”, explicou o procurador da República Deltan Dallagnol, que faz parte da força-tarefa do MPF na Lava Jato.

Assim, qualquer iniciativa neste sentido está condicionada à avaliação do juiz Sergio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba, responsável pelos processos da operação, acrescentou Dallagnol. Segundo o procurador, Moro vai receber a denúncia e decidir se acata o trabalho do MPF. Em caso positivo, os denunciados tornam-se réus na Justiça Federal. A força-tarefa fez, nesta tarde, o detalhamento da denúncia, que inclui ainda a mulher do ex-presidente, Marisa Letícia, e mais seis pessoas.

Na entrevista, Dallagnol afirmou que Lula era o “comandante máximo do esquema de corrupção identificado na Lava Jato”. Lula foi denunciado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, crimes cujas penas, somadas, podem chegar a 32 anos e 6 meses de prisão. A denúncia do MPF trata de crimes de corrupção ativa e passiva cometidos em contratos firmados entre a Petrobras e a empreiteira OAS entre 2006 e 2012, referentes às refinarias Repar e Renest.

O trabalho do Ministério Público fala também em crime de lavagem de dinheiro na aquisição, reforma e decoração de um apartamento triplex em Guarujá, no litoral paulista, e em contratos de armazenamento de bens de Lula, que teriam sido bancados pela empreiteira. Também foram denunciados pelo MPF o presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto, e o ex-presidente da OAS Léo Pinheiro, além de Agenor Franklin Magalhães Medeiros, Paulo Roberto Valente Gordilho, Fábio Hori Yonamine e Roberto Moreira Ferreira, todos ligadas à empreiteira. Da Agência Brasil.

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