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#Salvador: JAM no MAM finaliza 2016 com programações especiais

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A jam session mais concorrida do Brasil preparou programações especiais para os próximos sábados | FOTO: Reprodução/Secult/Ligia Rizerio |

A JAM no MAM despede-se de 2016 em grande estilo. A jam session mais concorrida do Brasil preparou programações especiais para os próximos sábados. No dia 10 de dezembro, a Banda JAM no MAM recebe o violonista Aderbal Duarte e a cantora Andrea Daltro para uma homenagem especial ao Sexteto do Beco, emblemático grupo baiano que influenciou vários músicos da cena instrumental brasileira. Já no dia 17 de dezembro, será a vez do bandoneonista argentino Alejandro Guerschber se juntar ao time de músicos, marcando a despedida do ano com mais essa inesperada mistura musical. Nos sábados seguintes, dias 24 (véspera do Natal) e 31 (véspera do Ano Novo), não haverá JAM no MAM.

Homenagem Sexteto do Beco
No próximo sábado (10), a ideia é homenagear o Sexteto do Beco, um grupo com origem na primeira metade da década de 1970 em Salvador, a partir de um núcleo formado por Aderbal Duarte (violonista, compositor e arranjador), Sergio Souto (flautista, saxofonista, regente, arranjador e compositor) e Thomas Gruetz (violonista, arranjador e compositor). No mesmo dia, graças ao Edital Setorial de Música da Secretaria de Cultura do Estado da Bahia (SecultBA), haverá relançamento do único registro fonográfico do grupo, o LP Sexteto do Beco – esgotado no mercado há muitas décadas e transformado em objeto de desejo de artistas e colecionadores ao redor do mundo.

O disco volta agora ao mercado fonográfico, remasterizado em edição limitada nos formatos vinil e CD, além de ganhar uma versão digital para download e um website com a história do grupo. A partir das 18h, a JAM no MAM será dedicada à música do Sexteto do Beco, com a apresentação musical de notórios representantes do grupo e a execução de pérolas do seu repertório autoral, pela Banda JAM no MAM.

A história da JAM no MAM está intimamente ligada à do Sexteto do Beco, já que alguns dos seus músicos conviveram com o grupo e foram influenciados diretamente pela sua música. São nomes como Rowney Scott, Ivan Bastos, André Becker e Ivan Huol, todos jovens musicistas à época em que subiram ao palco e gravaram ao lado da turma do Sexteto.

“A primeira vez que ouvi e vi um sax soprano sendo tocado, ao vivo, foi num show do Sexteto do Beco, no Teatro Vila Velha, bem no início da década de 80; naquele show, Marquinhos e Sergio tocaram ‘aquele’ instrumento que, apesar de eu conhecer o som através de gravações de Coltrane e Zé Nogueira, ainda não reconhecia a sua faceta corpórea, visceral, transcendental”, lembra Roney Scott. “Naquele dia, decidi que queria tocar sax soprano, definitivamente! O Sexteto do Beco é, sem dúvida, umas das maiores referências musicais da Bahia contemporânea.”

Já no dia 17/12 será a vez do argentino Alejandro Guerschberg subir ao palco, na última jam session do ano. O bandoneonista nasceu em Buenos Aires em 1982 e realizou seus estudos com os maestros Julio Pane e Laura Baade. Viajou por vários países em numerosas turnês. Em 2011 ganhou o prêmio “Fondo Nacional de las artes” com o seu projeto “Los que vendrán”, para a produção de um disco utilizando somente o bandoneón, interpretado por jovens menores de 23 anos. Atualmente participa de distintas formações junto ao seu irmão, o pianista e compositor Nicolas Guerschberg. Com informações da Secult.

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