Por Magda Asenete*
Inevitável, é hora de comprar o material escolar para o novo ano letivo. Mesmo estando de férias escolares, um dos passeios que a família escolhe fazer é a ida às livrarias e papelarias para encontrar o material proposto pela instituição de ensino e tão almejado pelos pequenos. Almejado pela variedade de itens cada vez mais chamativos e interessantes, criados para atingir o universo infantil. Há momentos em que os pais não poupam esforços para comprar além do necessário. É aí que mora o perigo. Além dos gastos ultrapassarem seu limite, observa-se um frenesi nos pequenos que querem comprar compulsivamente tudo que encontram pela frente.
É preciso estar atento às reais necessidades. O ideal seria não levar os filhos nesse momento, pois seria adquirido apenas o que estivesse na lista. Por outro lado, é importante que eles estejam presentes. O ideal, antes de partirem para as “compras”, é que os pais sentem com seus filhos e conversem sobre os gastos desnecessários. É fundamental deixar claro que o valor estipulado não pode ser ultrapassado. Em parte, as crianças compreendem quando participar desse contexto e é explicado por que não pode haver exageros. Porém, o desejo de ter todas as novidades expostas pode ser bem maior do que foi combinado em família.
Então, a primeira coisa que geralmente acontece é ela tentar descumprir o que ficou acordado e ir em busca dos objetos de desejo desenfreadamente. Nesse momento, se a família vacilar, perderá todo o controle da situação e acabará cedendo aos devaneios infantis. Para se obter sucesso, a família, não pode descumprir em nada diferente do que ficou combinado. Mesmo que doa um pouquinho, mas os pais que agem dessa maneira podem estar criando filhos mais seguros e que aprendem a cumprir regras.
Outra dica importante é não ceder a itens que façam parte da lista, pelo fato de serem atribuições da instituição escolar, como papel higiênico, material de limpeza, descartáveis. Caso ocorra a insistência por parte da instituição, a família deve procurar os órgãos competentes, como o PROCON, para avaliar possíveis abusos tanto na lista de material, como na diferença de preços para itens idênticos em diferentes locais de venda.
As famílias também podem se unir para comprar em grande quantidade, pois o preço se diferencia das unidades. Dessa forma, o material pode ser compartilhado entre os compradores. Essa prática está cada vez mais presente entre as famílias. O importante é economizar!
*Magda Asenete é pedagoga