Cerca de 22 mil pessoas vivem em situação de rua na capital baiana, expostas a violências físicas e psicológicas. O levantamento foi divulgado nesta sexta (10), pelo Ministério Público do Estado da Bahia (MPE-BA). De acordo com o estudo, os principais fatores que levam as pessoas a viver nas ruas da cidade são conflitos familiares, drogas e alcoolismo. Do total de pessoas nesta situação, cerca de 75% são do sexo masculino e mais da metade tem entre 25 e 44 anos.
Os dados foram divulgados nesta sexta-feira hoje, após um homem ter sido queimado na madrugada de ontem (9), em frente a uma lanchonete no bairro de Nazaré, enquanto dormia. Segundo o MPE, o rapaz está internado em estado grave. O caso está sendo investigado pela Polícia Civil, mas o ministério informou que uma equipe acompanha o caso e a vítima.
Para tratar do problema, o MPE criou o Grupo de Trabalho Institucional de Atenção e Presevação dos Direitos da População em Situação de Rua. De caráter multiprofissional, o grupoé composto por sete entidades de segurança e direitos humanos, que se reúnem constantemente e promovem eventos. Nesses eventos, são discutidas propostasd de política pública para pessoas em situação de rua, como empregabilidade, saúde e educação.
O Ministério Público da Bahia considera grave a situação no estado e destaca a importância de um olhar criterioso para as pessoas que vivem em vulnerabilidade. De acordo com o MPE, outro problema é que, algumas vezes, as pessoas que vivem nas ruas acabam se tornando invisibilizadas. Da Agência Brasil.