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#Salvador: Peça que se passa na Chapada Diamantina é apresentada no TCA

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Depois de 14 anos de pesquisa, oportunidade em que manteve contato com as poucas famílias que ficaram no Vale do Pati, Caco Monteiro construiu uma fábula na qual incorpora um homem de outro tempo | FOTO: Reprodução/Caderno de Cinema |

O primeiro monólogo escrito e interpretado por Caco Monteiro, ‘Godó, o Mensageiro do Vale’, com direção do inglês John Mowat, será apresentado na Sala Principal do Teatro Castro Alves (TCA), nesta quinta-feira (30), às 20h, com ingressos à R$40 e R$20. Essa é a estreia nacional da peça de ficção inspirada em fatos reais, acontecidos no Vale do Pati, na Chapada Diamantina.

A trama é ambientada numa Bahia entre os anos de 1937 e 1985, os quais acabaram condicionando a vida dos moradores, que foram obrigados a deixar o local após um decreto governamental que proibiu o cultivo do café, na década de 60. Mais do que dialogar com questões socais e antropológicas, ‘Godó’ é uma imersão no mundo mágico de uma região que se manteve praticamente isolada da civilização.

Depois de 14 anos de pesquisa, oportunidade em que manteve contato com as poucas famílias que ficaram no Vale do Pati, transformado em reserva ecológica, Caco Monteiro construiu uma fábula na qual incorpora não apenas a personagem Godó, um homem de outro tempo, mas, também, captura o espírito do local, o espírito de uma época.

Com uma narrativa que usa do recurso do flashback, Godó, aos noventa anos, leva o espectador ao seu mundo fabular, retornando a infância, ao convívio com o pai e da mãe, além da galinha Zenaide e do amigo imaginário Biziu. E, vivendo cada qual, em um desdobramento interpretativo que reforça o sentido da dramaturgia, o espetáculo acaba sendo um instrumento de reflexão a respeito da existência, dos sonhos e do próprio sentido da finitude.

A iluminação de ‘Godó, o mensageiro do Vale’, é de Jorginho de Carvalho. Por sua vez, a trilha original é de Leco Brasileiro, enquanto Thais Bandeira assina a preparação corporal. A cenografia é de Daniela Steele. Já o figurino é de Maurício Martins. Jornal da Chapada com informações da Secult.

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