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Bancada do PT na Alba se solidariza com a ex-presidente do Incra Maria Lúcia Falcon

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Nomeada pela ex-presidenta Dilma Rousseff, Maria Lúcia Falcón foi a primeira mulher a presidir o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária | FOTO: Divulgação |

A divulgação do relatório final da Comissão Parlamentar de Inquérito da Funai-Incra, apresentado esta semana, foi recebida com estranheza pela Bancada do Partido dos Trabalhadores na Assembleia Legislativa da Bahia. Composta por parlamentares ruralistas, a CPI da Funai-Incra decidiu pelo indiciamento de indígenas, ativistas, procuradores, antropólogos e servidores públicos. Entre os indiciados por atos de improbidade administrativa consta a ex-presidente do Incra, Maria Lúcia Falcón. Nomeada pela ex-presidenta Dilma Rousseff, Maria Lúcia Falcón foi a primeira mulher a presidir o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). Maria Lúcia Falcón é engenheira agrônoma, mestre em Economia, doutora em Sociologia e atuou também no governo de Sergipe, no Ministério do Planejamento, BNDES e Petrobras.

“Todos nós sabemos da integridade de Maria Lúcia Falcón. Sempre acompanhamos o seu trabalho e estivemos juntos na luta pela regularização fundiária e pelos direitos igualitários. Esta decisão é o retrato de um Brasil retrógrado e governado por opressores e ditadores. Como é que uma CPI da Funai-Incra é comandada por ruralistas e pessoas interessadas no agronegócio e decide por indiciar índios, ativistas da causa indígena e servidores como Maria Falcón. É um retrocesso imenso. Estamos jogando na lama todas as causas ganhas após anos de muita luta”, declarou o líder do PT.

Para a Bancada do PT na Alba o relatório retrata visões distorcidas e fora da realidade. Mesmo com casos frequentes de violência entre índios e ruralistas, em meio a contratação de pistoleiros que resultam em mortes ou sequelas permanentes para índios e camponeses, não foi investigado ou indiciado nenhum caso desse tipo. Dentre os indiciados, encontram-se importantes lideranças indígenas de nosso estado, a exemplo da Cacique Valdelice, Cacique Babau e Cacique Nailton Pataxó. “O relatório demonstra todo o preconceito vivido diariamente pelo povo indígena, a exemplo do massacre no Maranhão, em abril deste ano”, declara Rosemberg Pinto.

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