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Apesar de nota sobre peste bubônica, Secretaria de Saúde do Ceará afirma que não há casos registrados

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A doença é transmitida pela bactéria Yersinia Pestis, a mesma da peste negra, que matou milhões de pessoas na Europa durante a Idade Média | FOTO: Direito de imagem/Science Photo Library |

Um alerta para notificação imediata de peste bubônica foi emitido pela Secretaria de Saúde do Ceará (Sesa) e causou grande preocupação em todo o estado na última semana. A nota oficial, divulgada no dia 12 de junho, última segunda-feira, afirmava que a vigilância deve ser prioritária em 42 cidades do estado. Elas estão localizadas principalmente nas Serras de Baturité, Serra do Macaco, Uruburetama, Pedra Branca, Ibiapaba, Matas e Chapada do Araripe.

Logo depois a Sesa precisou se explicar. Segundo a pasta, o relatório tinha apenas o objetivo de esclarecer os governos municipais sobre o tema. A secretaria afirmou que o estado não tem focos da doença atualmente. De acordo com documento da Secretaria, os focos de peste são comuns em áreas de alta altitude, com temperatura mais amena e ar mais úmido.

Segundo Vivian Gomes, assessora técnica do Núcleo de Controle de Vetores da Sesa, os locais citados foram considerados como prioritários por que em algum momento do passado eles já abrigaram roedores que portavam pulgas infectadas pela doença. Por isso, de acordo com ela, a ideia da nota era detalhar aspectos de vigilância nessas áreas para evitar o reaparecimento da doença em humanos. Segundo a pasta, o último caso de peste humana no estado foi confirmado em 2005 no município de Pedra Branca.

A Doença
A doença é transmitida pela bactéria Yersinia Pestis, a mesma da peste negra, que matou milhões de pessoas na Europa durante a Idade Média. Essa bactéria tem como vetores pulgas de dezenas de espécies, sendo os principais hospedeiros roedores, como camundongos, ratos, capivaras e até porquinhos-da-índia.

Os humanos não são os hospedeiros naturais, mas contraem a doença quando mordidos pelas pulgas infestadas nesses animais ou inalando ar contaminado. O contato com os roedores ocorre, segundo a secretaria, quando o homem invade os ecossistemas desses hospedeiros infectados em atividades de caça, agricultura, comércio ou lazer.

Os sintomas da peste bubônica em humanos são abatimento, dores de cabeça e no corpo, vômitos, pulso acelerado, arrepios de frio, febre alta e bubões. No século XIV, a epidemia da peste negra, causada pela bactéria, levou milhares de pessoas à morte na Europa. Jornal da Chapada com informações de Cidade Verde.

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