O Sindicato dos Trabalhadores em Limpeza da Bahia (Sindilimp-BA) segue com a campanha por melhores condições salariais e volta a cobrar diálogo com as empresas terceirizadas do Governo do Estado, da prefeitura de Salvador e setor privado. Nesta terça-feira (27), os sindicalistas ocuparam momentaneamente o SAC de um shopping na capital (Bela Vista) como protesto e como uma forma de advertência à falta de negociação. Para a coordenadora-geral do Sindilimp-BA, Ana Angélica Rabello, a campanha vai seguir em outros espaços comerciais e os trabalhadores de asseio e conservação vão aderir à greve geral da sexta-feira (30).
“Estamos cobrando os direitos dos trabalhadores. Os governos estadual e municipal, além do setor privado precisam dar atenção a isso, foram eles que contrataram essas empresas caloteiras. É por isso que estamos protestando, a data base é uma pauta que vem desde novembro sendo debatida junto com a comissão de trabalhadores, mas até hoje não tivemos respostas dos patrões. Essas empresas sentam na mesa de negociação e dizem que não vão dar porcentagem alguma para os trabalhadores, isso é um absurdo”, declara Ana. Ela cita algumas das empresas que não abrem negociação, são elas: Grupo MAP, CS Terceirização, Quattro Serv, Braspe e Continua.
Para o vereador Luiz Carlos Suíca (PT), representante dos trabalhadores terceirizados na Câmara de Salvador, “há anos os profissionais de asseio e conservação lutam contra o descaso dos patrões”. O edil aponta que as empresas caloteiras possuem uma série de irregularidades. “São os mesmos empresários envolvidos na operação ‘Jaleco Branco’ e que insistem em comandar essas empresas por procuração. Se fizer uma pesquisa na junta comercial não encontram os donos das empresas, porque estão atuando de forma clandestina e são esses que não querem dialogar com os trabalhadores”.
Suíca ainda parabeniza o Sindilimp-BA e convoca os trabalhadores para se unirem na campanha do sindicato e lembra que os vigilantes são das mesmas empresas caloteiras e que elas só entendem a linguagem do protesto. “Os trabalhadores não querem fazer isso, mas é a única solução, é preciso ter consciência de classe. Nem os patrões, nem o Ministério Público estão considerando. Então é preciso que todos os profissionais saiam da zona de conforto e engrossem as trincheiras, para que seus direitos sejam conquistados”, completa.