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Estudo aponta que 45% dos donos de microempresas rurais baianos usam smartphones para acessar a web

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Fazenda no Distrito de Jaguara, em Feira de Santana, é exemplo de negócio rural que lista vantagens depois que o empreendedor passou a utilizar smartphone e internet | FOTO: Divulgação/iStock |

Em estudo divulgado nesta terça-feira (25), Dia do Produtor Rural, o Sebrae mostra que 45% dos donos de microempresas rurais da Bahia usam smartphones para acessar a web. Os principais fatores que levam os produtores rurais baianos a acessarem a internet no seu negócio rural são: uso de e-mail (77,4%); pesquisa de preço/fornecedores (61,3%); serviços financeiros (45,2%); compra de insumos ou mercadorias (38,7%); e serviços do governo (35,5%). A pesquisa nacional foi feita com 4.467 produtores rurais de 27 estados para conhecer a relação entre os pequenos produtores rurais e as Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC).

Esse processo de modernização contribui de forma significativa para o aumento da produtividade e da gestão profissional nos empreendimentos. É o caso de Sílvio Kléber Lima, que trabalha com leite e palma em sua propriedade rural no distrito de Jaguara, em Feira de Santana. Ele, que é produtor há 25 anos, viu sua fazenda se transformar desde que modificou todo o modo de produção e gestão com o apoio do Sebrae e do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar).

Como uma das novidades dessa reformulação, há três anos passou a utilizar smartphone e o computador com acesso à internet para alavancar o negócio. “Antes eu não ligava para essas coisas, mas, com esse incentivo do Sebrae, juntamente com o Senar, mudou tudo, melhorou bastante. Passei a usar a internet para pesquisar coisas novas para o negócio, diminuí despesas com compras. A fazenda agora é uma empresa, dá rendimento como qualquer comércio da cidade”, detalha o produtor.

Como exemplo dessa economia, Sílvio cita uma compra recente feita por ele. Ao “safrar” o caroço de algodão e fazer a cotação via internet, o caroço que estava por R$ 1 mil a tonelada acabou sendo encontrado por R$ 850 e, agora, o valor deverá ser fechado em torno de R$ 700. A palma mexicana conhecida como orelha de elefante também foi encontrada por Sílvio pela internet. “Comprei de dois fornecedores, um em Campina Grande, na Paraíba, e outro em Irecê. É só pagar o boleto, bem prático. A logística da fazenda agora é outra”, explica.

A nova rotina de Sílvio inclui buscas por informações online e compras para a sua propriedade de fornecedores de todo o Brasil, tudo com uso do Google. Pelo computador, ele conta que monitora os dados através de um programa de administração, além da gestão de leite. E é pelos grupos do WhatsApp que o produtor rural se comunica com outros produtores e troca informações sobre a atividade na região. Através da ferramenta, ele se reúne em quatro grupos: sobre o bioma da caatinga, a palma no Semiárido, a hidroponia do milho e, por fim, um sobre a cotação de grãos, como milho, soja, trigo e a silagem.

“O momento atual exige esse alinhamento com as novas tecnologias, o que favorece no acesso a informações para tomada de decisões, melhoria das boas práticas de gestão, acesso a novos nichos de mercado, entre outras vantagens competitivas”, detalha a coordenadora de Agronegócios da Unidade de Atendimento Coletivo do Sebrae Bahia, Adriana Moura. O Sebrae contribui para aproximar o produtor rural desses conteúdos, por meio de soluções a distância (cursos e consultorias), público que, só na Bahia, já soma cerca de 586 mil produtores rurais (incluídos os da agricultura familiar), correspondendo a 13% do país, segundo dados do IBGE. As informações são da Agência Sebrae de Notícias Bahia.

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