Ícone do site Jornal da Chapada

PF faz operação para recolher provas relacionadas à prisão de executivos da J&F

Brasília - A Polícia Federal (PF) prendeu, na manhã de hoje (29), pelo menos 20 pessoas, durante a Operação Monte Carlo, que desmontou uma quadrilha que explorava máquinas caça-níqueis e pagava propina para agentes públicos de segurança. Entre os presos está o chefe do grupo, Carlinhos Cachoeira, empresário de Goiânia. os Agentes chegam à sede da PF com material apreendido e pessoas detidas na Operação Monte Carlo

pf
As prisões foram motivadas pela constatação de Janot de que houve omissão de informações por parte dos delatores Joesley Batista e Ricardo Saud | FOTO: Reprodução/Arquivo |

Agentes da Polícia Federal estão cumprindo nesta segunda (11) cinco mandados de busca e apreensão, sendo quatro em São Paulo e um no Rio de Janeiro, na Operação Bocca, relacionada à prisão do empresário Joesley Batista, do grupo J&F, e do executivo da empresa, Ricardo Saud. Os mandados são cumpridos nas residências dos dois executivos e na sede da J&F, em São Paulo, e na casa do ex-procurador da República Marcelo Miller, no Rio de Janeiro. Ambos estão desde o domingo (10) na sede da superintendência da PF em São Paulo e devem ser transferidos para Brasília até o início da tarde.

Essa operação ocorre em cumprimento à ordem judicial expedida pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin, que acolheu o pedido do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, de prisão temporária de Joesley Batista e Saud. O nome “Bocca” refere-se a “Bocca della Verità”, cuja característica é seu papel como detector de mentiras. “Desde a Idade Média, acredita-se que se alguém contar uma mentira com a mão na boca da escultura, ela se fecharia ‘mordendo’ a mão do mentiroso”, diz a nota da PF.

As prisões foram motivadas pela constatação de Janot de que houve omissão de informações por parte dos delatores, ao receber um áudio de quatro horas de uma conversa dos executivos da J&F Joesley Batista e Ricardo Saud, que mencionavam o ex-procurador da República Marcelo Miller. Também foi feito o pedido de prisão temporária de Miller, mas Fachin avaliou que não há elemento indiciário suficiente para tal procedimento.

Outro lado
Os advogados de Marcello Miller afirmaram que o ex-procurador recebeu com tranquilidade o pedido de buscas no seu apartamento e colaborou apresentando tudo o que foi solicitado. Ele “ressalta que continua à disposição, como sempre esteve e sempre estará, para prestar qualquer esclarecimento necessário e auxiliar a investigação no restabelecimento da verdade”, afirmam os defensores André Perecmanis e Paulo Klein. Da Agência Brasil.

Sair da versão mobile
Pular para a barra de ferramentas