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Chapada: Corrente em povoado da Gruta da Mangabeira levanta nova polêmica em Ituaçu

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Em vídeo divulgado em redes sociais, um dos guias que atua na região contesta a medida da prefeitura e aponta para prejuízos | FOTO: Arquivo/PMI |

Depois de fechar as entradas do povoado da Gruta da Mangabeira, para cobrar taxa aos frequentadores do ponto turístico da Chapada Diamantina, a prefeitura do município de Ituaçu é alvo de nova polêmica. Dessa vez, os moradores e guias turísticos reclamam que uma das correntes instaladas no povoado tem causado transtornos para os comerciantes e constrangimentos para quem sobrevive do turismo religioso na região.

“O pessoal está questionando muito essa corrente no povoado da Gruta da Mangabeira, porque no centro da comunidade é onde ficam os mercados e bares, e o pessoal não tem como acessar para levar mercadorias. Os comerciantes dizem que tão tendo que levar engradados e caixas de bebidas e produtos nas costas para os estabelecimentos”, aponta um dos moradores de Ituaçu em contato com o Jornal da Chapada. Informações dão conta, que o acesso estaria restrito para não abalar a estrutura da gruta. Entretanto, a reportagem não conseguiu confirmar os dados.

Em vídeo divulgado em redes sociais, um dos guias que atua na região contesta a medida da prefeitura. “Essa corrente está deixando a gente [guia] constrangido a respeito dos romeiros da Gruta da Mangabeira, que vêm visitar e não podem chegar até o santuário. A corrente foi o prefeito que colocou. Não existe isso gente, por favor, vamos tomar providências. Tudo agora é proibido no povoado da gruta. Tem cadeado para ninguém entrar na gruta, eu não quero isso”, disse revoltado Adílio Martins, o popular ‘Galego’.

O advogado Anderson Gama, que acompanha o caso, fez publicação em seu perfil nas redes e também contestou a ação da prefeitura. “A atitude tomada pela prefeitura, acaso seja realmente de sua autoria, é totalmente ilegal e inconstitucional, pois ninguém detém o poder, salvo por ordem judicial, de impedir o direito de ir e vir. Resta salientar que o argumento exposto na placa de ‘Proibido estacionar ônibus e caminhões’, não autorizam o governante ou seus secretários a impedir o livre acesso ao povoado, pois tal ato configura ofensa ao direito de ir e vir e ao Estado Democrático de Direito”.

Gama salienta que vai pessoalmente a Ituaçu esta semana para apurar as denúncias e confirmar os relatos dos moradores. “Farei todos os registros possíveis e, caso seja identificada todas as irregularidades informadas, tomarei todas as providências no sentido de sanar a ilegalidade perpetrada, junto com o Ministério Público, Judiciário, Ordem dos Advogados do Brasil e MBL [Movimento Brasil Livre]”, completa o advogado.

Jornal da Chapada

Veja vídeo divulgado

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