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“Povo negro deve lutar por empoderamento e contra o racismo neste país”, diz o deputado Valmir

O deputado federal Valmir Assunção ao lado das secretárias da Sepromi e da Secult - Fabya Reais e Arany Santana - FOTO Divulgação-nova capa

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O deputado federal Valmir Assunção ao lado das secretárias da Sepromi e da Secult, Fabya Reais e Arany Santana, respectivamente | FOTO Divulgação |

O Dia da Consciência Negra é celebrado nesta segunda-feira (20), mas as homenagens ao povo afrodescendente já acontecem durante todo mês de novembro na Bahia e reúne diferentes frentes e movimentos sociais que lutam contra o racismo, a violência e a intolerância religiosa. Para o deputado federal Valmir Assunção (PT-BA), presente em evento na Concha Acústica, em Salvador, no último sábado (18), os investimentos do governo de Rui Costa na valorização da cultura negra do estado foi importante para a implementação de parte do Estatuto da Igualdade Racial. De autoria do parlamentar petista, o estatuto cria uma série de ações para exaltar as culturas de matrizes africanas, como ações afirmativas em diferentes setores da sociedade. “É fundamental, por exemplo, ter o Ilê Aiyê em um projeto que transforma um espaço como a Concha do Teatro Castro Alves em um espaço para a negrada curtir o som dos tambores do bloco sem ser no carnaval”, frisa. Assunção também lembra das atividades da Secretaria de Promoção da Igualdade Racial (Sepromi), com a titular Fabya Reis reforçando as instituições com programas e projetos para o povo negro.

Neste domingo (19), vésperas do Dia da Consciência Negra, Assunção também lembrou do seu projeto que torna a data de 20 de novembro feriado nacional. A peça foi aprovada na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e segue para apreciação no plenário da Câmara Federal. “É uma importante referência ao povo negro que ajudou a construir este país e ajuda no desenvolvimento dele”, diz. Valmir foi secretário de estado no primeiro governo de Jaques Wagner e criou uma série de ações para a juventude negra, como o projeto ‘Jovens Baianos’ e as políticas de segurança alimentar, assistência social e investiu na cadeia produtiva dos povos indígenas e quilombolas. “Em qualquer espaço de poder que eu estiver defenderei o povo negro e os povos originários deste país. Não acho justo os inúmeros cortes do governo de Temer no orçamento, principalmente por serem nas políticas agrárias e sociais. Isso emperrou o desenvolvimento dos agricultores familiares e de quem realmente produz alimento neste país”.

Correntina
Em vídeo recente divulgado em redes sociais, o parlamentar petista também voltou a defender a população do município de Correntina, no extremo oeste da Bahia, que foi para as ruas protestar contra a empresa agropecuária Igarashi – que está destruindo o Rio Arrojado na região. De acordo com Valmir, os ribeirinhos, o povo negro e pobre, os pequenos produtores estão ameaçados. “Estão destruindo o meio ambiente em Correntina. Acredito que o governo de Estado tenha que dialogar com a população e com os movimentos constituídos em Correntina. Dialogar para estabelecer um novo patamar de preservação do meio ambiente. Um dos pontos importante é a preservação das áreas de recargas, que é o mesmo que preservar a vegetação do cerrado. Por isso defendo que é preciso democratizar o acesso à água. A água não pode ser um bem privado”.

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