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Chapada: Projeto ‘Trilhando Saberes’ fortalece quilombos de Rio de Contas com apoio da Sepromi

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O projeto, que pretende atender diretamente 120 pessoas, desenvolverá em sua primeira etapa uma agenda de oficinas sobre elaboração de projetos e formação de lideranças | FOTO: Divulgação/Sepromi |

O município baiano de Rio de Contas, na Chapada Diamantina, com história secular de resistência negra, sediou neste sábado (9), o lançamento do projeto “Trilhando Saberes”, apoiado pelo edital Novembro Negro, do Governo do Estado, por meio da Secretaria de Promoção da Igualdade Racial (Sepromi). Com atividades programadas entre os meses de dezembro e fevereiro, o objetivo é incentivar o desenvolvimento social, econômico e cultural da população negra e quilombola local.

O projeto, que pretende atender diretamente 120 pessoas, desenvolverá em sua primeira etapa uma agenda de oficinas sobre elaboração de projetos e formação de lideranças. Ainda estão previstas aulas de artesanato, arte e desingn de peças étnicas; oficinas de turbante como projeto estético e político; além de exposição dos produtos confeccionados durante as atividades e apresentações culturais com foco na valorização da identidade quilombola envolvendo, ao todo, cerca de trinta comunidades.

“Vamos trabalhar pelo empoderamento do povo quilombola da região, com promoção da autonomia econômica através da geração de renda no artesanato. Também temos como objetivo melhorar o acesso às políticas públicas, por meio da preparação das lideranças”, explicou Elaine Novaes, da Associação Comunitária Ideias e Ações dos Nativos de Rio de Contas (IANRC), organização proponente do projeto. “O edital Novembro Negro veio em boa hora para fortalecer as nossas iniciativas. Acreditamos muito no compromisso da Sepromi com as comunidades”, completou.

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A titular da Sepromi, Fabya Reis, ressaltou que o projeto integra um conjunto de ações do Governo do Estado para os povos e comunidades tradicionais no território de identidade da Chapada Diamantina. “A atuação governamental é materializada a partir da luta histórica e das reivindicações do povo quilombola e do movimento negro, absorvidas por um governo de atuação democrática, visando garantir direitos. Para existir políticas desta natureza é preciso a sensibilidade e compreensão enquanto Estado”, pontuou.

A secretária fez um balanço das principais políticas de promoção da igualdade racial na Bahia, ao longo de 10 anos. De acordo com ela, neste período, o governo acumulou um conjunto de iniciativas, a exemplo de editais contemplando feiras de fomento ao empreendedorismo, ações estruturantes para comunidades tradicionais, incluindo a construção de unidades habitacionais, sistemas de abastecimento de água, Assistência Técnica e Extensão Rural (ATER), dentre outras medidas.

O evento contou com diversas representações da região, com presença de lideranças comunitárias, população local, estudantes e pesquisadores, vereadores, dentre outros convidados. O superintendente da Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre), Alexandro Reis, também compareceu à atividade. A programação seguiu ao longo do dia com a participação do coordenador executivo de Políticas para Povos e Comunidades Tradicionais da Sepromi, Cláudio Rodrigues, que realizou explanação sobre os principais marcos legais e políticas destinadas aos segmentos, no âmbito do Governo do Estado. As informações são da Sepromi.

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