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#Extinção: Último rinoceronte branco macho no mundo é sacrificado no Quênia

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Rinoceronte branco do norte é visto na entidade Ol Pejeta Conservancy em Laikipia, no Quênia | FOTO: Reprodução/Thomas Mukoya/Reuters |

O último rinoceronte branco macho no mundo, chamado de ‘Sudão’, foi sacrificado na última segunda-feira (19) depois que veterinários constataram o agravamento de um infecção. A informação foi divulgada na terça-feira (20) pela direção da reserva natural queniana de Ol Pejeta, onde o animal vivia desde 2009. De acordo com a equipe da reserva, que trabalhou junto com especialistas do zoológico tcheco Dvur Kralove e o Serviço de Conservação da Fauna queniana (KWS) “sua doença piorou significativamente nas últimas 24 horas. Ele não conseguia se levantar e estava passando muito mal”.

‘Sudão’ se recuperou com sucesso no final do ano passado de uma infecção na sua pata direita, por causa da sua idade avançada, mas no final de fevereiro, teve uma recaída que foi considerada “muito mais profunda”. Desde então, os veterinários procuraram maneiras de curá-lo e até mesmo de perpetuar a espécie, mas as complicações de sua perna, combinadas com a idade do rinoceronte (45 anos) levaram à morte. No final de sua vida, conseguiu retornar à África, na reserva natural localizada em Laikipia, no centro-oeste do Quênia.

A reserva informou que conseguiu extrair “material genético” do animal, o que “dá esperança para futuras tentativas de reproduzir a espécie de rinoceronte branco através de técnicas genéticas avançadas”. Além dele, existem outras duas fêmeas vivas, ambas filhas de ‘Sudão’, também em Ol Pejeta, mas a fecundação artificial nunca foi tentada com rinocerontes.

‘Sudão’ alcançou grande popularidade depois de uma campanha lançada na rede social Tinder pelos responsáveis da Ol Pejeta para conseguir os US$ 9 milhões necessários para desenvolver as técnicas de fertilização válidas para estes animais. Durante anos, a caça ilegal destes animais contribuiu para a sua extinção, pois seus chifres valem preços superiores ao ouro no mercado asiático graças as suas supostas propriedades curativas e afrodisíacas. Com informações da Veja e da EFE.

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