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#Brasil: Lula pode atuar mais uma vez como influenciador ao invés de candidato, acreditam especialistas

São Paulo - Coletiva do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre a condenação por corrupção pelo juiz federal Sérgio Moro, na sede do PT.(Rovena Rosa/Agência Brasil)

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Lula pode, assim como 2010, novamente decidir a eleição por meio de apoio | FOTO: Divulgação |

Quando o escândalo do Mensalão inviabilizou a candidatura à presidência da República de figuras do Partido dos Trabalhadores (PT) como Antonio Palocci, José Dirceu e José Genoino, em 2010, o apoio do até então presidente Luiz Inácio Lula da Silva elegeu Dilma Rousseff, que não tinha expressão política que a gabaritasse como candidata de primeira escolha. Provavelmente fora da jogada após sua prisão decretada pela Justiça, Lula pode, assim como 2010, novamente decidir a eleição por meio de apoio.

É o que acredita o historiador político Carlos Zacarias, que defende a ideia que o candidato escolhido pelo ex-presidente em 2018 pode ter um rumo já conhecido pelos brasileiros. “Importada do PDT e sem tradição nenhuma dentro do partido, Dilma dificilmente seria presidente. Lula elegeu sua candidata e, provavelmente fora da disputa deste ano, tem a capacidade de indicar alguém que pode vir a fazer o papel que Dilma fez em 2010”.

Para o professor da Universidade Federal da Bahia, qualquer nome adotado pelo ex-presidente pode herdar boa parte dos votos do PT. “Qualquer candidato que surja no partido provavelmente aparecerá tão forte quanto o que ocupa o primeiro lugar das pesquisas hoje sem Lula”, prevê o pesquisador que idealizou a disciplina do ‘Golpe de 2016’ na Ufba. “Claro que alguns votos serão perdidos no processo e outros vão migrar para candidaturas com discursos de esquerda com a de Ciro Gomes (PDT) e Guilherme Boulos (PSOL), mas há uma quantidade de votos importante que vai ficar no PT, independente de qualquer candidato que se venha substituir Lula”.

Ainda de acordo com Zacarias, a figura do ex-presidente deve ganhar força após a prisão decretada na última quinta-feira (5). “A experiência de interrupção do PT em 2016 salvaguardou a imagem de Lula para a posteridade”, falou. Caso escolha não apoiar uma das candidaturas de grupos aliados, o PT pode viabilizar a disputa de nomes como Fernando Haddad, Celso Amorim e Jaques Wagner, acredita o estudioso. Independente do nome, Zacarias crava uma única certeza: “Qualquer nome indicado por Lula vai entrar na corrida eleitoral na campanha com grandes chances de ir para o segundo turno”. As informações são do Bahia Notícias.

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