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Ativistas debatem temas centrais durante atividades do Dia da Chapada Diamantina em Seabra

O Dia da Chapada Diamantina foi celebrado com debates, com a contextualização da criação da data, planejamento estratégico do turismo regional, homenagens aos ambientalistas e no final o cortejo cultural | FOTO: Divulgação |

A última semana foi de comemoração do primeiro Dia da Chapada Diamantina, que será celebrado anualmente sempre em 11 de abril. No município de Lençóis, foi festejado com debates de temas envolvendo o garimpo, geologia, arqueologia, turismo e artes, já em Palmeiras, houve debate sobre a origem da Chapada por meio da apresentação do Projeto Estrada Real e Contextualização Histórica da Chapada Diamantina. Mas a Cerimônia de Comemoração do primeiro Dia de Chapada Diamantina, considerado o evento oficial, aconteceu em Seabra, no auditório do Instituto Federal Baiano (Ifba).

A manhã do Dia Oficial da Chapada Diamantina, foi dedicado a questão ambiental. Por meio do Projeto de Extensão da Universidade Federal da Bahia (Ufba) Guardiões da Chapada, o Dia foi celebrado com debates, com a contextualização da criação da data, planejamento estratégico do turismo regional, homenagens aos ambientalistas e no final o cortejo cultural.

A Mestre de Cerimônia, Iramaia Petronílio, abriu os trabalhos convidando para compor a mesa de abertura a turismóloga Sirlene Rosa de Souza, co-idealizadora da Junta Independente Voluntária Ambiental (Jiva) e do abaixo-assinado que culminou na Lei 13.739, instituindo no Calendário Oficial de Eventos do estado a data. Ainda compuseram a mesa o secretário de Meio Ambiente e Turismo de Barra da Estiva, Admo Marcelo, Darílio Pires, representando a diretoria do Ifba, Iovane Filho, representando a prefeitura local, Carmelice Rosa, representando as comunidades tradicionais e dona Nog Senna.

Foi entoado o Hino a Dois de Julho, seguido da contextualização de dona Nog. Ela é ex-professora e viúva do prefeito Iovane Guanaes, que administrava o município em 11 de abril de 1966, quando o estado foi dividido em regiões administrativas e Seabra passou a ser o centro administrativo e político da região, motivo pela qual foi a data escolhida para representar o Dia da Chapada Diamantina.

Em seguida, aconteceu a apresentação do livro ‘História Natural da Chapada Diamantina’ – por Rodrigo Valle Cezar, que falou sobre a formação geológica da Chapada Diamantina, seguido do lançamento que aconteceu no saguão do campus. A palestra ‘Planejamento Estratégico do Turismo na Chapada Diamantina’ foi apresentada por Sirlene Rosa. Em seguida a cicerone, retomou a programação e conduziu as homenagens aos ambientalistas, brigadistas, projetos, associações e ONGs que contribuem para a sustentabilidade na Chapada Diamantina.

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Também estiveram presentes os representantes do Movimento APA Serra do Barbado e Flor Nativa, Pedro Constan da Associação de Apicultores do Vale do Capão, Joás Brandão do Grupo Ambiental de Palmeiras (GAP), Venâncio da Cooperbio, as Brigadas Voluntárias Guardiões da Serra da Lagoa da Boa Vista, Maciel e Brenda do Anjos da Chapada. Além de Edvaldo representando a Brigada de Barra da Estiva Os Guerreiros, Marcos da Brigada Bravos, Ruth da ONG EMAP e Projeto Mãe Terra, Deise Santana da Associação de Bombeiros Civis da Chapada Diamantina (ABCCD), os Dirigentes de Turismo e Cultura e Meio Ambiente dos municípios de Utinga, Bonito, Ibicoara, Souto Soares, Lençóis e Nova Redenção.

Cada representante tomou a palavra e contou um pouco sobre seus respectivos históricos e ações. Joaquim Facundes (GAS), complementou parabenizando a organização do evento e sugeriu que no próximos anos a direção da programação seja feita pelo Colegiado Territorial. Na avaliação do evento, a organização informou que não houve contrapartida financeira do estado e poucos municípios contribuíram com o mínimo de recursos, e que é preciso buscar outros mecanismos para otimizar as programações do Dia da Chapada nos próximos anos.

Sirlene finalizou o evento, agradecendo os presentes e os convidando a participar do Cortejo Cultural que partirá da Praça da Bandeira, passando pelo marco do Centro Geográfico da Bahia e Concentração na Praça de Eventos onde aconteceram apresentações culturais e um sarau. “A Lei é estadual e não houve recursos para desenvolver o evento, foi um sacrifício gigante, com recursos pessoais e muita força de vontade das pessoas envolvidas”, afirmou turismóloga ao Jornal da Chapada.

Jornal da Chapada

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