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#Brasil: Não houve consenso em reunião de governo com caminhoneiros e greve continua

Manifestação de caminhoneiros contra o reajuste nos preços do óleo diesel, ainda trava pontos da Rodovia Presidente Dutra.

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O representante da Associação Brasileira dos Caminhoneiros, José da Fonseca Lopes, negou o acordo proposto pelo governo de suspender a paralisação | FOTO: Reprodução/EBC |

Na segunda reunião com representantes de onze categorias de caminhoneiros, o governo buscou um acordo, mas nem todos os presentes aceitaram a proposta. O representante da Associação Brasileira dos Caminhoneiros (Abcam), José da Fonseca Lopes, negou o acordo proposto pelo governo de suspender a paralisação por um período entre 15 dias a um mês enquanto o governo continua trabalhando para resolver o problema da redução do preço do diesel. Lopes disse que outros líderes da categoria se mostraram receptivos à proposta de suspender a paralisação, mas ele se recusou e deixou o local antes do fim da reunião.

A Abcam representa 700 mil caminhoneiros, com 600 sindicatos espalhados pelo Brasil. “Todo mundo acatou a posição que pediram, mas eu não. Eu coloquei que respeito o que meus colegas pediram e estão sendo atendidos, que acho ser coisa secundária, e disse que vim resolver o problema do PIS, do Cofins e da Cide, que tá embutido no preço do combustível”, disse Lopes. Ele disse ainda que não fala em suspender a paralisação enquanto o Senado não aprovar a isenção do PIS/Cofins, projeto aprovado ontem pela Câmara .

Motoristas individuais
Enquanto a reunião se desenrolava no 4º andar do Palácio do Planalto, o representante dos motoristas individuais do Centro-Oeste, Wallace Landim, disse que sua categoria não está representada na reunião e que nenhuma decisão acatada na reunião será seguida por eles. Ele tem uma posição similar à do representante da Abcam e disse que enquanto o fim dos impostos sobre o diesel não estiver confirmado, a paralisação continuará.

“Não somos representados [pelas associações que estão na reunião]. Somos caminhoneiros individuais. Se a gente não estiver participando, não vai ter nenhum resultado. Pode sair de lá e falar que acabou a paralisação, que não adianta. A gente só libera a rodovia quando sair no Diário Oficial. Não estamos pedindo esmola, estamos pedindo o nosso direito”.

Equipes da PRF escoltam uma carga de combustível para aviação desde a Refinaria da Petrobras em Araucária (PR) até o Aeroporto Internacional Afonso Pena, em São José dos Pinhais (PR) | FOTO: Divulgação/EBC |

PRF escolta caminhões com combustível
Equipes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) escoltaram, no início da manhã desta quinta (24), uma carga de combustível para aviação desde a refinaria da Petrobras em Araucária (PR) até o Aeroporto Internacional Afonso Pena, em São José dos Pinhais (PR), na Região Metropolitana de Curitiba.

No quarto dia de paralisação dos caminhoneiros, a PRF participou ainda da escolta de caminhões-tanque até as garagens das empresas de ônibus de Curitiba para garantir o abastecimento dos ônibus do transporte coletivo. Batizada de Operação Diesel, a ação contou também com a participação de viaturas da Polícia Militar e da Guarda Civil Metropolitana. Da Agência Brasil.

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