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Cooperativas baianas vão a evento na Itália que reúne produtores de alimentos de 160 países

A Bahia é o estado com o maior número de propriedades da agricultura familiar do país | FOTO: André Frutuôso/SDR |

Representantes de nove cooperativas baianas estão de malas prontas para uma missão de peso: levar os sabores da Bahia para o Terra Madre, evento realizado em Torino, na Itália, que reúne produtores de alimentos de 160 países. Eles embarcam na próxima terça-feira (18) e pretendem retornar com muitas ideias para impulsionarem seus negócios.

Essas cooperativas foram convidadas pelo Slow Food, movimento responsável pela organização do Terra Madre, por possuírem práticas sustentáveis de produção, com o critério de “valorizar o alimento bom, limpo e justo”, filosofia do movimento. O alimento considerado bom é aquele saboroso, que representa os sabores locais; é cultivado de maneira limpa, sem prejudicar a saúde humana, o meio ambiente ou os animais e é justo de forma que o produtor receba aquilo que é justo pelo seu trabalho, garantindo-lhe uma renda favorável.

Para alcançarem esse patamar de qualidade, as cooperativas mudaram seus processos produtivos e se capacitaram através de apoio do Slow Food e da Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR). É o caso da Cooperativa de Produção da Região do Piemonte da Diamantina (Coopes), produtora de licuri e mel de abelha mandaçaia, que levará seus produtos para serem comercializados no Terra Madre. Atualmente, 210 agricultores fazem parte da cooperativa.

Frutos do campo
A Bahia é o estado com o maior número de propriedades da agricultura familiar do país – são cerca de 700 mil propriedades – e nos últimos três anos foram investidos R$ 1,2 bilhão na agricultura familiar. Somente em 2018, por meio do projeto Bahia Produtiva, da SDR, foram destinados R$ 40 milhões para adequação e recuperação de agroindústrias.

Os investimentos permitem a ampliação da cooperativa, incluindo melhoria na infraestrutura, aquisição de equipamentos, veículo, serviços de marketing e desenvolvimento de novas embalagens. Além do Bahia Produtiva, os produtores contam também com recursos do Pró-Semiárido, que até o final de 2018 destinará R$ 170 milhões para organização comunitária, implantação e fortalecimento de agroindústrias e apoio à comercialização, visando a convivência produtiva das famílias. As informações são de assessoria.

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