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Chapada: ‘Discurso de ódio’ é tema de projeto de extensão no campus do Ifba de Jacobina

Inscrições abertas até a próxima terça-feira, dia 16 de outubro | FOTO: Divulgação |

‘Ligue seu raivômetro: discurso de ódio não é opinião!’ Esse é o título do projeto de extensão coordenado pela pedagoga Indaiara Célia da Silva juntamente com a professora de história do campus do Ifba de Jacobina, na Chapada Norte, Carla Côrte, que está com inscrições abertas até o dia 16 de outubro.

Com o intuito de possibilitar reflexões acerca dos discursos de ódio que circulam em redes sociais e no ambiente escolar, relacionados, sobretudo, a questões de gênero e sexualidade, a iniciativa pretende construir estratégias inter e transdisciplinares que reafirmem o direito à diversidade e à diferença.

Esta primeira etapa é voltada para a seleção de 20 estudantes dos cursos técnicos integrados do próprio campus, que, posteriormente, atuarão como multiplicadores de conhecimento em outras instituições de ensino. Para participar, basta acessar este link e preencher o questionário. As vagas são limitadas. Haverá certificação de 8h no fim do curso, previsto para os dias 7 e 8/11, das 14h às 18h.

Fique por dentro
Desenvolvida com alunos do IFBA, bem como dos colégios estaduais Modelo e Felicidade, a proposta se firmará através de oficinas formativas, culminando com a produção e exibição de minidocumentário, reunindo entrevistas acerca do tema, e mesa-redonda com especialistas dos campos do Direito, Psicologia/Psicanálise e Linguagens. “Voltado para a difusão dos direitos humanos e da liberdade de expressão, o projeto assume a responsabilidade de pensar mecanismos de construção de justiça social por meio de atividades formativas, tendo as/os estudantes como protagonistas da sua realização”, esclarece a docente.

“A cidade de Jacobina convive com a violência sexual e de gênero. Essa não é, infelizmente, uma característica localizada. Trata-se de uma marca histórica, alicerçada em um modelo de sociedade patriarcal, que subjuga, silencia e violenta, simbólica e concretamente, tudo o que foge de um padrão heteronormativo. Interromper esse ciclo, ou mesmo possibilitar a formação de agentes sociais que localizem essas práticas, o que classificamos como ‘raivômetros’, e as enunciem, propondo reflexões e intervenções, é o nosso foco”, destaca Indaiara. Duas monitoras bolsistas e quatro voluntárias já atuam na fase inicial, que consiste no debate acerca de conceitos teóricos e levantamento de discursos de ódio contra mulheres e LGBT+ publicados nas redes sociais Facebook, Instagram e Twitter, seguidos da montagem das oficinas.

“Através das imagens produzidas, dos dados e dos discursos levantados e dessa troca de experiências e saberes entre o IFBA e outras comunidades escolares públicas de ensino médio, espera-se que as profundas fissuras e as marcas indeléveis que o discurso de ódio produz sejam expostas; que ferramentas educacionais para enfrentar narrativas intolerantes sejam produzidas e que a necessidade de construir urgentemente estratégias para respeitar as diferenças e a diversidade sexual e de gênero seja percebida. Espera-se que, dessa forma, sejamos capazes de disseminar valores de equidade, respeito à dignidade humana, solidariedade e de responsabilidade social entre os indivíduos e grupos”, conclui Indaiara. As informações são de assessoria.

Mais informações através dos seguintes canais: raivometros@gmail.com Facebook/Instagram: @raivometros

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