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#Brasil: Municípios afirmam que 28 milhões de pessoas serão afetadas com saída de médicos cubanos

Os cubanos lembraram que em agosto, ainda em campanha, Bolsonaro declarou que “expulsaria” os médicos cubanos do Brasil | FOTO: Arquivo/Valter Companato/EBC |

A saída dos médicos cubanos do programa Mais Médicos após “declarações ameaçadoras e depreciativas” de Jair Bolsonaro (PSL), conforme o Ministério de Saúde Pública de Cuba, afetará 28 milhões de pessoas. Essa é a afirmação da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), em nota oficial divulgada na última quinta-feira (15). Os cubanos lembraram que em agosto, ainda em campanha, Bolsonaro declarou que “expulsaria” os médicos cubanos do Brasil. Na quarta (14), o presidente eleito disse que o governo cubano decidiu deixar o programa por não concordar com testes de capacidade.

“O valor do Programa Mais Médicos (PMM), ecoado nos diversos cantos do Brasil, demonstrou ser uma das principais conquistas do movimento municipalista frente à dificuldade de realizar a atenção básica, com a interiorização e a fixação de profissionais médicos em regiões onde há escassez ou ausência desses profissionais”, afirmou a CNM em nota. “Entre os 1.575 Municípios que possuem somente médico cubano do programa, 80% possuem menos de 20 mil habitantes. Dessa forma, a saída desses médicos sem a garantia de outros profissionais pode gerar a desassistência básica de saúde a mais de 28 milhões de pessoas”, acrescentou a entidade.

Em Salvador, o prefeito ACM Neto (DEM), afirmou que o futuro governo tem o “direito” de mudar o programa Mais Médicos, desde que tenha capacidade de suprir as demandas com a saída dos profissionais cubanos. Neto, inclusive, declarou apoio a Bolsonaro no segundo turno. “Não é possível acabar com o programa de uma hora para outra”, afirmou Neto, de acordo com o Correio. “É preciso uma intervenção rápida. O governo tem o direito de mudar o programa, desde que tenha capacidade de suprir as demandas”, completou.

‘Extrema preocupação’
Ainda na nota divulgada na quinta, a Confederação dos Municípios afirmou que a situação é de “extrema preocupação” e exige a superação “em curto prazo”. “Acreditamos que o governo federal e de transição encontrarão as condições adequadas para a manutenção do programa. Enquanto aguardamos a rápida resolução do ocorrido pelo órgão competente, estamos certos de que os gestores municipais manterão o máximo empenho para seguir o atendimento à saúde de suas comunidades”, afirmou a entidade. Jornal da Chapada com informações do G1 e Correio da Bahia.

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