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Risco de câncer de próstata é maior para negros e afrodescendentes, dizem especialistas

Especialistas da Central Nacional Unimed alertam que a partir dos 50 anos os homens devem iniciar monitoramento e exames | FOTO: Divulgação |

Especialistas da Central Nacional Unimed – maior operadora de planos de saúde do Sistema Unimed – alertam para a importância dos cuidados de prevenção do câncer de próstata. Principal tipo de câncer entre os homens, no Brasil, 68 mil novos casos são registrados por ano. Homens negros e afrodescendentes têm maior risco de desenvolver a doença, que tende a ser mais agressiva para esse grupo étnico.

Segundo pesquisa realizada pela Universidade de Bristol, na Inglaterra, os homens negros apresentam risco cerca de duas vezes maior de manifestar a doença. O estudo divulgado no Brasil em 2008 aponta que esse grupo tem de 2,5 a três vezes mais risco de morrer em decorrência do agravamento do câncer de próstata.

“Os homens negros têm um risco maior de câncer de próstata do que os homens brancos. Eles também são mais propensos a desenvolver esse tipo de câncer em idade precoce e ter tumores mais agressivos, que crescem rapidamente”, alerta a Dra. Gláucia Berreta Ruggeri. Ela explica que as razões exatas para essas diferenças não são conhecidas e podem envolver fatores genéticos, socioeconômicos ou outros. “Homens hispânicos têm menor risco de desenvolver câncer de próstata e morrer da doença do que homens brancos não hispânicos”, completa.

Cuidados de prevenção
Homens negros, descendentes ou que tiverem parentes de primeiro grau (avô, tio, irmão) diagnosticados, devem iniciar monitoramento desde os 45 anos. “Os exames podem salvar vidas e são realizados de forma rápida e indolor por meio do PSA (exame sangue) e toque retal”, afirma Dra. Gláucia Berreta Ruggeri.

De acordo com estimativas do INCA – Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva, a Bahia deve registrar 4.280 novos casos de câncer de próstata em 2018, ao passo que em Salvador a perspectiva é de 780 novos casos. Dieta equilibrada, controle do peso corporal e prática de exercícios físicos são fundamentais na prevenção.

“É preciso considerar que de nada adianta realizar excesso de exames e continuar com hábitos de risco. Pesquisas já mostraram que aproximadamente 30% dos diversos tipos câncer estão relacionados a hereditariedade. Cerca de 50% estão atrelados aos hábitos de vida, sendo que os demais se relacionam a causas diversas, como o rápido envelhecimento populacional”, pontua Dra. Gláucia.

A médica orienta o autocuidado com reeducação alimentar equilibrada, sem restrições exageradas. Portanto, não fumar, evitar o consumo nocivo do álcool e praticar exercícios físicos são atitudes com impactos confirmados pela ciência. As orientações também incluem gerenciar o peso corporal com uma alimentação saudável, assumindo o ser fisicamente ativo no dia-a-dia, evitar o consumo excessivo de carne animal e, não se esquecendo do consumo das verduras, legumes e frutas.

Diagnóstico precoce salva vidas
O câncer de próstata tem 90% de chances de cura quando é diagnosticado precocemente. Por isso, além dos cuidados com a prevenção, é preciso haver monitoramento. Homens com idade entre 45 e 50 anos devem frequentar regularmente o urologista para realizar exames de detecção precoce.

Homens negros, descendentes ou que tiverem parentes de primeiro grau (avô, tio, irmão) diagnosticados, devem iniciar monitoramento desde os 45 anos. “Os exames podem salvar vidas e são realizados de forma rápida e indolor por meio do PSA (exame sangue) e toque retal”, reforça Dra. Gláucia.

“Chama atenção que, mesmo sendo uma doença com tratamento e cura, o câncer de próstata ainda é responsável pela segunda maior causa de mortalidade entre os homens. Em geral 60% dos casos já chegam com a doença em estágio avançado, com sintomas importantes”, explica.

Dentre os principais sintomas mais aparentes estão dor ou ardor ao urinar ou ejacular, sensação de bexiga cheia mesmo depois de ter ido ao banheiro, diminuição da força do jato ou aumento da frequência para fazer xixi. Os sintomas incluem também dores na lombar, abaixo do umbigo ou na região entre testículos e ânus. As informações são do Central Nacional Unimed.

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