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Sema e Inema apresentam projeto de restauração da vegetação nativa na região da Chapada Diamantina

Com investimento de R$ 1,5 milhão do governo do estado, o projeto contará com a restauração de 110 hectares, em pequenas comunidades da agricultura familiar e assentamentos de reforma agrária e comunidades indígenas e quilombolas | FOTO: Montagem do JC/Sema |

Um projeto de restauração da vegetação nativa na microbacia do Rio Utinga e na Área de Proteção Ambiental – APA Marimbuns/Iraquara foi apresentado, na última terça-feira (4), pela Secretaria Estadual do Meio Ambiente (Sema) e o Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema). Com investimento de R$ 1,5 milhão do governo do estado, o projeto contará com a restauração de 110 hectares, em pequenas comunidades da agricultura familiar e assentamentos de reforma agrária e comunidades indígenas e quilombolas, prioritariamente em Áreas de Preservação Permanente – APPs e áreas destinadas à Reserva Legal.

O encontro aconteceu na cidade de Wagner e contou com a participação do secretário da Sema, Geraldo Reis, da chefe de Gabinete da Sema, Iara Icó, do chefe de Gabinete do Inema, Welton Rocha, das comunidades participantes do projeto, associações de agricultores familiares, estudantes do Centro Territorial de Educação Profissional (Cetep) e de representantes das prefeituras de Bonito, Utinga, Lajedinho, Rui Barbosa, Lençóis, Iraquara, Andaraí e Nova Redenção.

“Essa é uma oportunidade para aprendermos e enfatizarmos mais a ideia de construção coletiva com os quatros grupos organizados que irão participar dessa iniciativa. É por isso mesmo que temos que valorizar esse projeto de restauração da vegetação nativa. Mas, esse tipo de projeto também tem que ser apropriados pelas prefeituras e produtores para obtermos resultados mais positivos para a melhora do Rio Utinga”, comentou o gestor estadual da pasta ambiental.

De acordo com a coordenadora de Fomento a Sustentabilidade Preventiva do Inema, Mara Angélica dos Santos, o projeto tem a duração de 19 meses e também prevê a construção de dois viveiros com mudas nativas e frutíferas. “É importante ressaltar que o projeto surge por causa de uma demanda das próprias comunidades. Eles querem a revitalização da bacia para que no futuro eles possam ter água para consumo humano e a agricultura familiar. Nessa primeira reunião, com a presença grande das comunidades e do poder público, podemos vislumbrar que eles estão se identificando com a proposta de restauração. A proposta busca sempre agregar a restauração o aproveitamento econômico e geração de renda para as comunidades envolvidas”, destacou.

“O sucesso do projeto será uma conquista de todas as comunidades da região que lutam pela recuperação e revitalização do Rio Utinga. Sabemos que só podemos avançar com a agricultura familiar se cuidarmos do reflorestamento e das matas ciliares. Não podemos explorar indiscriminadamente os recursos hídricos do Utinga como faz o agronegócio. As 25 famílias da minha comunidade já têm esse cuidado, utilizando técnicas de gotejamento e irrigação em dias alternados. Conseguimos distribuir a água para irrigação, com um consumo racionalizado já pensando no cuidado do Rio Utinga”, comentou Núbia Rodrigues, presidente da Associação Padre Cícero, localizada na cidade de Lençóis.

Os estudantes do Centro Territorial de Educação Profissional da Chapada Diamantina, localizado em Wagner, serão outro público beneficiados pelo projeto. De acordo com o diretor da instituição, Gileno Pereira, a escola vai receber um viveiro com capacidade para produzir mudas de espécies florestais e frutíferas para garantir o fornecimento de mudas para recuperação das matas ciliares e implantação de Sistemas Agroflorestais. “Vamos receber capacitação sobre produção de mudas e coleta de sementes. As mudas serão produzidas pelos estudantes durante aulas práticas e durante o plantio no campo”, explicou o diretor. O outro viveiro será construído no assentamento São Sebastião, no município de Utinga. As informações são de assessoria.

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