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“Temer e sua turma não ficariam presos e isso explicita caráter político da prisão de Lula”, diz Suíca

O vereador Luiz Carlos Suíca e o ex-presidente Lula | FOTO: Divulgação |

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O vereador de Salvador não poupou críticas ao desembargador Athié e lembrou de seu afastamento durante sete anos; Suíca defendeu Lula e pediu a sua libertação imediata | FOTO: Divulgação | 

A soltura do ex-presidente Michel Temer (MDB) não foi uma surpresa para o vereador e vice-líder da oposição em Salvador Luiz Carlos Suíca (PT). Nesta terça-feira (26), um dia depois da decisão do desembargador federal Antonio Ivan Athié, do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2), de libertar Temer, o ex-ministro Moreira Franco e João Baptista Lima Filho, conhecido por coronel Lima, o petista criticou o fato e interligou com a prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. De acordo com Suíca, com essa decisão “fica explícito o caráter político da prisão de Lula”. O edil disse ainda que existem mais provas contra Temer que contra Lula.

“Como soltar uma pessoa que é acusada de ser chefe de quadrilha há mais de 40 anos, de receber propinas e de formar um grupo que assaltou o país esse tempo todo? Quando a esposa dele Marcela nasceu, Temer já estava no mundo do crime. Isso é um absurdo! Não existem provas contra Lula, e as convicções deixam o ex-presidente quase 12 meses na cadeia. Todos nós sabíamos que Temer e sua turma não ficariam presos. Sem contar que a operação da Lava Jato acabou por inviabilizar a famigerada reforma da previdência de Bolsonaro, principalmente por causa da prisão do ex-ministro Moreira Franco. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia [DEM] é casado com Patrícia – enteada de Franco. Então tudo desandou no Congresso”, aponta Suíca.

O vereador não poupou críticas ao desembargador Athié e lembrou de seu afastamento durante sete anos. Conforme informações, isso aconteceu por causa do desembargador ter sido alvo de uma ação do Superior Tribunal de Justiça (STJ) sob acusação de estelionato e formação de quadrilha, em 2004. “Em 2008, um inquérito contra esse desembargador, com as mesmas acusações, foi arquivado pelo STJ a pedido do Ministério Público Federal [MPF]. São casos estranhos que só acontecem aqui no Brasil. Nunca que em um país que preze as instituições deixaria isso acontecer. Agora o Judiciário vive uma ‘guerra fria’, um juiz federal manda prender e um desembargador federal manda soltar”, completa.

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